O Brasil comemora, no dia 29 de janeiro, o Dia Nacional da Visibilidade Trans. A data é celebrada desde 2004 quando o Ministério da Saúde e entidades da sociedade civil lançaram a campanha “Travesti e Respeito”, em reconhecimento à dignidade dessa população.
Desde o surgimento da data, houve avanços, porém insuficientes. Em dezembro de 2011, a portaria n° 2.836 do Ministério da Saúde instituiu no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (Política Nacional de Saúde Integral LGBT).
“É preciso avançar, apesar do retrocesso aos direitos LGBTIs. A luta não é apenas em busca da cidadania, mas também pelo acesso à educação e inserção no mercado de trabalho”, afirma Crislaine Bertazzi, diretora de Políticas Sociais da FETEC-CUT/SP.
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) divulgou, em janeiro, o Mapa dos Assassinatos da população trans no Brasil em 2017 e os dados são alarmantes: a cada 48 horas uma pessoa transexual ou travesti é assassinada no Brasil. Foram contabilizados pelo estudo 179 assassinatos, sendo 169 de mulheres trans e 10 de homens trans. De acordo com o mapa, 60% das vítimas tinham entre 16 e 29 anos.
Os dados sobre violência e morte são alarmantes. Cerca de 90% delas estão à margem da sociedade e na invisibilidade. Quando não aceitas no mercado de trabalho, a ampla maioria fica na prostituição, suscetível a agressões seguidas de morte. O Brasil é o país onde mais se mata travestis e transexuais no mundo.
Nome social: atendendo à reivindicação da categoria, proposta na mesa de Igualdade de Oportunidades, os bancos terão que, se solicitado pelo funcionário, fazer a alteração da identidade em crachás, e-mails, cartões de visita e portais internos.
Segundo Crislaine, em plena campanha Nacional para combater de forma efetiva o preconceito e discriminação, é preciso sensibilizar os trabalhadores e toda sociedade sobre a comunidade LGBTI.
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