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sábado, 18 de maio de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 01/12/2016

Empregados cobram em GT fim do caixa minuto

Representantes dos trabalhadores reforçam ainda que papel público da Caixa, no que diz respeito a serviços à população mais carente, é prejudicado com extinção do caixa convencional.
 
A segunda rodada do Grupo de Trabalho que discute o caixa minuto foi marcada por diversas críticas dos representantes dos empregados ao fim da função de caixa convencional. A reunião com a Caixa ocorreu na quarta 30.
 
Os trabalhadores voltaram a enfatizar que o papel do caixa na empresa é diferenciado em relação a outros bancos, justamente por tratar, por exemplo, do pagamento do Fundo de Garantia e seguro-desemprego, exclusividades da Caixa.
 
“Ao criar o caixa minuto, a intenção do banco é apenas ‘se livrar’ do atendimento, sem que seja dada a devida atenção à população, principalmente mais carente. Isso sem contar que a pessoa escalada para a função por minuto tem horas extras calculadas proporcionalmente ao tempo diário no cargo. Outro agravante é que esse período não é contabilizado para efeito de concorrência no processo seletivo interno (PSI) para disputa de vagas na Caixa”, destaca o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), Dionísio Reis, um dos representantes dos bancários no GT. “Temos insistido que o banco reveja essa política, colocando um ponto final ao caixa minuto e restituindo a designação à função de caixa.”
 
Questionada pelos empregados, a Caixa informou que desde 1º de julho – quando passou a vigorar a versão 033 do RH 184 – o número de caixas convencionais na instituição caiu de cerca de 13 mil para em torno de 12,8 mil. Ou seja, ainda segundo o representante do banco, devido a promoções ou descomissionamentos por quebra de fidúcia os caixas vão sendo substituídos por caixas minuto.
 
“É importante que as pessoas que perderam esse cargo e se sentiram prejudicadas enviem denúncias ao Sindicato e à Apcef-SP. No GT sobre descomissionamento ficou assegurado que esses casos serão analisados”, orienta Dionísio.
 
      > Proteção na carreira é pauta de GT da Caixa
 
CUSTO É O MESMO
Outra crítica feita pelos bancários foi em relação à informação dada pelo banco de que o custo para manter uma pessoa como caixa minuto por seis horas pelo mês inteiro é praticamente o mesmo de quem já atua normalmente na função.
 
“Isso reforça nossa tese de que não há necessidade do caixa minuto. O que precisa ser feito é ampliar a quantidade de caixas nas agências e voltar a contratar mais trabalhadores. Foi a partir de medidas como essa, que impactam na melhoria das condições de trabalho, que a Caixa ajudou o país a superar crises. E isso é necessário agora também.”
 
A reunião seguinte do GT, que tem 30 dias para ser concluído, ocorre em 7 de dezembro.
 
“Já deixamos claro nosso posicionamento sobre o assunto. Agora a Caixa tem de apresentar sua proposta para podermos debater. Até o momento só ficou claro que o caixa minuto só prejudica os trabalhadores, a população e o banco público”, acrescenta Dionísio.
 
 
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