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sexta-feira, 26 de abril de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 25/11/2016

Facada do cheque especial nunca foi tão funda

Bancos reajustam taxa em quatro pontos percentuais em apenas um mês e elevam cobrança para 328,9% ao ano, o maior patamar já aferido pelo Banco Central desde que começou a fazer análises, em 1994.

Brasília - Os juros cobrados pelos bancos no cheque especial continuou em trajetória de alta em outubro. De acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados na quinta 24, a taxa subiu 4 pontos percentuais em apenas um mês, de setembro para outubro, e chegou ao novo recorde de 328,9% ao ano. Essa é a maior taxa da série histórica iniciada em julho de 1994.

Neste ano, a taxa do cheque especial já subiu 41,9 pontos percentuais em relação a dezembro de 2015, quando estava em 287% ao ano.

O rotativo do cartão de crédito, após três mês seguidos em alta, caiu 3,9 pontos percentuais e ficou em 475,8% ao ano. O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão.

Essas duas taxas – do cheque especial e do cartão de crédito – são as mais caras na pesquisa do BC e estão bem distantes dos juros médios do crédito para pessoa física, que ficaram em 73,7% ao ano, em outubro, com alta de 0,5 ponto percentual em relação a setembro.

Pessoas físicas e jurídicas - A inadimplência do crédito para pessoas físicas, em que são considerados atrasos acima de 90 dias, ficou estável em 6,2%, pelo quinto mês seguido.

A taxa de inadimplência das empresas também foi ajustada em 0,1 ponto percentual para 5,6%. A taxa média de juros cobrada das pessoas jurídicas ficou em 30,4% ao ano, com alta de 0,6 ponto percentual.

Esses dados se referem ao crédito livre, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros.

No caso do crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), a taxa de juros para as pessoas físicas caiu 0,2 ponto percentual, para 10,2% ao ano. A taxa cobrada das empresas ficou estável em 12% ao ano. A inadimplência das famílias permaneceu em 2% e das empresas subiu 0,5 ponto percentual para 1,8%.

O saldo de todas as operações de crédito concedidas pelos bancos caiu 0,5% de setembro para outubro, quando ficou em R$ 3,095 trilhões. Em 12 meses, o saldo das operações de crédito caiu 2%.

Esse saldo correspondeu a 50,3% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB) –, ante o percentual de 50,8% registrado em setembro deste ano.

  Fonte: Seeb/SP
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