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sábado, 27 de abril de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 23/11/2016

Caixa também estuda plano de aposentadoria

Anúncio foi feito pelo presidente da instituição, após reunião do Conselhão, do qual participa; Sindicato protesta e promove seminário nesta quarta sobre importância das empresas públicas para o Brasil
 
A Caixa Federal pode promover desmonte semelhante ao que está sendo iniciado no Banco do Brasil. O presidente da instituição, Gilberto Occhi, informou que está em análise um plano de demissão ou de aposentadoria incentivada para cerca de 10 mil funcionários. O anúncio foi feito após reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, do qual Occhi participa. O banco monitora, ainda, o desempenho de cem agências consideradas “deficitárias”.
 
“Se for necessário, vamos adotar medidas como redução de jornadas, transferências de endereços e, em último caso, fechar as portas”, afirmou Occhi, após participar de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão.
 
Para o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, o desmonte dos bancos públicos atende ao interesse das instituições privadas e é prejudicial a todos os demais setores da sociedade brasileira.
 
“O governo Temer quer desmontar mais uma empresa pública, fechar agências, reduzir postos de trabalho nos bancos públicos. O oposto do que foi feito nos últimos 12 anos”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Esse desmonte só interessa aos bancos privados, que não terão concorrência, num sistema financeiro extremamente concentrado.”
 
Para o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis, essa redução de gastos com pessoal traz de volta o PAA (programa de aposentadoria). “E já vem sendo feita, na prática, com o desrespeito a direitos dos empregados como é o caso do RH 184 que aumentou a subjetividade dos descomissionamentos e cortou os asseguramentos e incorporações dos valores da remuneração dos trabalhadores”, explica o dirigente. “Além disso, a direção da Caixa vem avançando contra as funções operacionais das agências, extinguindo a função de caixa, o mesmo que foi tentado com tesoureiros e avaliadores, e só não avançou diante da resistência dos trabalhadores”, destaca.
 
“E essa resistência vai continuar. A luta foi grande na Campanha Nacional Unificada 2016, conquistamos a negociação em grupos de trabalho (GTs) que começam no dia 24 sobre o descomissionamento arbitrário e dia 25 sobre o caixa minuto. Vamos continuar acompanhando qualquer alteração que venha a ser proposta pelo banco”, completa Dionísio.
 
  Fonte: Seeb/SP
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