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sexta-feira, 26 de abril de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 22/11/2016

Sindicato cobra e BB marca reunião para terça 22

Direção do banco pretende fechar 402 agências em todo país, transformar 379 em postos de atendimento e reduzir cerca de 18 mil empregos; comissão de empresa reúne-se com banco nesta terça e cobra esclarecimentos; ofensiva reforça importância do seminário Se é público, é para todos.

São Paulo – Se alguém ainda tinha alguma dúvida de que os bancos públicos estão na mira do governo Temer, comunicado de fato relevante do Banco do Brasil no domingo 20 é esclarecedor. Em uma só tacada a empresa anunciou que ira fechar 402 agências e transformar outras 379 em postos de atendimento bancário (PABs), além de lançar Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI) que abrange cerca de 18 mil funcionários ou cerca de 16% do total.

A justificativa apresentada pela instituição é de que a medida impactará na redução das despesas anuais na ordem de R$ 750 milhões.  

> Veja a lista de agências que serão fechadas

Diante do anúncio, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil cobrou negociação urgente com a direção da instituição, que ocorrerá na terça-feira 22.

“Tudo foi feito sem qualquer negociação ou conhecimento do movimento sindical. Uma reestruturação como essa mexe com a vida de milhares de trabalhadores, com instituições como Cassi, Previ e Economus, além de atingir em cheio o papel do banco público para auxiliar no desenvolvimento do país”, afirma o diretor do Sindicato João Fukunaga.

Pelo comunicado do BB, os trabalhadores têm até 9 de dezembro para aderir ao PEAI e, se tiver a adesão de 18 mil bancários como é almejado, o quadro de funcionários cairá de 109 mil para 91 mil.  

“A decisão cabe a cada trabalhador. Mas é importante que antes de qualquer definição saiba como ficará a situação perante as caixas de assistência (Cassi) e de Previdência (Previ). E, no caso dos oriundos da Nossa Caixa, do Economus, que tem situação deficitária”, explica o integrante da comissão de empresa  “Sobre essas questões cobraremos explicações do banco.”

Ataque ao banco público – O dirigente adverte ainda que se houver fechamento de agências e a transformação de unidades em PABs também provocará graves problemas tanto para bancários como para clientes e a população. “Para onde irão os trabalhadores que terão locais de trabalho fechados e como fica a questão dos cargos comissionados na redução dessas estruturas? São respostas que queremos e já deixaremos claro que não aceitamos redução de direitos ou de remuneração.”

O sindicalista adverte ser necessário esclarecer a população sobre tudo que está ocorrendo. “Há cidades em que o Banco do Brasil é a única instituição financeira presente. Como ficará, por exemplo, o atendimento nessas regiões?”, questiona. “Por isso, é essencial que cada trabalhador faça um corpo a corpo com clientes e a população; o que verdadeiramente está camuflado nessa reestruturação é um ataque ao banco público. Só o envolvimento de todos irá impedir que as agências sejam fechadas.”

Seminário – A recente medida no Banco do Brasil aumentou ainda mais a importância do seminário Se é Público, é para Todos (clique aqui) que debaterá os ataques contra Banco do Brasil, Caixa Federal e outras instituições. Será na quarta 23, a partir das 19h na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, próximo ao Metrô Sé).

“O governo Temer quer desmontar mais uma empresa pública. Quer fechar agências e reduzir postos de trabalho no BB. O oposto do que foi feito nessas empresas nos últimos 12 anos. Esse importante banco público é responsável, por exemplo, por cerca de 60% do crédito agrícola no país”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Esse desmonte só interessa aos bancos privados, que não terão concorrência, num sistema financeiro extremamente concentrado e sem os bancos públicos fortes, toda a sociedade perde.” 

  Fonte: Seeb/SP
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