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sexta-feira, 26 de abril de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 11/11/2016

Bancários do ABC promovem aula aberta contra a PEC da morte

Atividade aconteceu no calçadão da rua Oliveira Lima, em Santo André, e contou com a coleta de assinaturas contra a proposta
 
O Sindicato dos Bancários do ABC promoveu hoje uma aula aberta para alertar sobre os perigos da PEC 55 para a sociedade brasileira. A aula foi ministrada pelo professor de Relações Internacionais da UFABC, Giorgio Romano, no calçadão da rua Oliveira Lima, em Santo André. Paralelamente, foi realizada coleta de assinaturas contra o Projeto de Emenda Constitucional que congela investimentos públicos por 20 anos.
 
Romano explicou que o governo Temer tenta justificar a PEC a partir de duas grandes mentiras. A primeira, de que não se deve gastar mais do que se tem. “Embora pareça lógico, é um argumento mentiroso. Porque nos 20 anos de congelamento para o setor público haverá crescimento no País. E se esse crescimento não for para o público, vai para o setor privado”, apontou, comparando ao orçamento de uma família jovem, que inicialmente tem menos dinheiro e menos gastos. Quando passa a receber mais, e tem mais gastos, não pode usar esse excedente por causa do congelamento.
 
A segunda mentira, afirmou, é quando se tenta colocar a culpa nos governos petista. “Lula aproveitou o crescimento da economia para diminuir a desigualdade, fez uma política de expansão, não de congelamento”. Ele destacou, ainda, que os brasileiros não votaram para referendar essa proposta e que é necessária reação popular porque, se a PEC passar no Senado, vai tornar a vida dos trabalhadores muito mais difícil.
 
Após a explanação geral, o professor Romano respondeu perguntas relacionadas aos investimentos nos setores da saúde, dívida pública e pré-sal – este último, também grande fonte possível de crescimento para o Brasil, mas ameaçado com a abertura de exploração a empresas estrangeiras.
 
ABAIXO-ASSINADO
Entre os vários populares que deixaram sua assinatura no abaixo-assinado contra a PEC 55 estava o casal Roberto Mendes e Marilene da Silva, ambos desempregados. Roberto trabalhou na área química por 17 anos, tem 51 anos e vários diplomas, mas conta que não consegue se empregar, assim como Marilene, que atua no setor de limpeza.
 
“O governo Temer quer arrebentar com o povo, o Brasil está virando o paraíso dos patrões. É um pacote de maldades, com aposentadoria pela metade, fim de direitos dos trabalhadores”, afirma, o trabalhador químico, com o apoio de Marilene: “Querem até tirar o direito de deixar nossos filhos nas escolas”, completa. Se a PEC passar, não só escolas públicas, mas saúde, previdência e outros projetos sociais serão reduzidos ou desativados, deixando margem para a exploração de empresas privadas; ou seja, só quem pagar poderá utilizar esses serviços.
 
A atividade desta sexta se uniu a centenas de outras realizadas pelo Brasil contra a PEC 55. Os diretores do sindicato também visitaram agências bancárias do Centro para falar sobre o tema. “Informação e conhecimento são fundamentais nesse momento para que a sociedade brasileira possa reagir a tantos ataques e preservar seus direitos”, aponta o presidente do sindicato, Belmiro Moreira.
 
  Fonte: Seeb/ABC
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