Banco mostra intransigência ao manter postura de limitar suas contribuições e, desde agosto, não dialogar com sindicatos e empregados

Sindicatos da base da FETEC-CUT/SP participaram de mais um Dia Nacional de Luta em defesa do Saúde Caixa e contra a postura da direção do banco que insiste em manter o posicionamento de limitar suas contribuições para o custeio do plano no percentual fixado pelo estatuto da empresa, de 6,5% da folha de pagamentos, o que acarretaria um aumento médio de 85% nas contribuições dos empregados.

O Dia Nacional contou com a participação de empregados e sindicatos de todo o país em protesto pela imobilidade do banco nas negociações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Saúde Caixa, o plano de saúde das empregadas e empregados. O ACT tem efeito somente até o final do ano.

“A participação nestes dias de luta tem sido fundamental para demonstrarmos à direção do banco nossa contrariedade e insatisfação com a intransigência da direção”, disse Leonardo Quadros, diretor-presidente da Apcef/SP.

Para piorar, o banco pretende limitar sua parcela no custeio do Saúde Caixa até o teto estatutário e sugere a cobrança por faixa etária.

 ''Essa postura do banco tende a expulsar aposentados e empregados mais idosos e com menores rendas, acabando com a solidariedade e o pacto intergeracional'', disse Ana Lúcia Ramos Pinto, secretária-geral da FETEC-CUT/SP.
 

Tamara Siqueira, diretora de bancos públicos na FETEC-CUT/SP conta que a insensibilidade do banco leva empregados e sindicatos a terem que se manifestar constantemente. '
'Além disso, desde agosto a direção da Caixa não nos chama para negociar, o que vai tensionando  ainda mais a relação com os empregados''

 Além das atividades nas ruas, para mostrar o descaso da Caixa com seus empregados para a população, a categoria também usou a hashtag #QueremosSaúdeCaixa com postagens desde às 11h da manhã no twitter. 

A  alternativa para a sustentabilidade do Saúde Caixa, que foi concebido como uma política de assistência à saúde,e não meramente como um plano, passa pelo aumento da participação da Caixa no custeio e pela manutenção de seus princípios de solidariedade e do pacto intergeracional.
Apenas desta forma o plano será economicamente sustentável e financeiramente viável aos empregados.

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  Fonte: FETEC CUT SP e Apcef SP