A manifestação foi convocada pela Comissão Executiva do Empregados (CEE) com o objetivo de chamar a atenção da população sobre a precarização das condições de trabalho e os ataques do governo interino ao caráter público da instituição.
Uma das reivindicações feitas à direção do banco refere-se à contratação de mais empregados para as unidades. “Tenho um primo que passou no concurso da Caixa há uns dois anos e jamais foi chamado. Se não precisasse de gente para atender até entenderia, mas não tem. Basta ver a quantidade de pessoas que vêm aqui e o tempo enorme que esperam”, disse a balconista Rita Oliveira, que aguardava a abertura da agência Sé. “Os funcionários estão sendo muito corajosos em expor essa situação e cobrar que tenha mais gente para trabalhar nas agências.”
O dirigente sindical Danilo Perez considerou positiva a adesão dos bancários e a receptividade da população durante o Dia de Luta. “Estamos ampliando a mobilização em defesa da Caixa 100% pública e de nossos direitos. Nos protestos estamos deixando claro à população que o ataque aos empregados tem como objetivo enfraquecer a instituição. Quando não há bancários em número suficiente, o cliente também sofre. Se uma agência da Caixa é fechada, muitas vezes, a população de toda uma cidade é prejudicada.”
Um empregado de uma das agências paralisadas considera que o governo interino quer “comer a Caixa pelas beiradas”. “Eles querem privatizar aos poucos, loterias, cartões e depois tudo. E se não reagirmos é isso que irá acontecer.”
As unidades paralisadas por mais de uma hora foram Sé, no Centro; Alto da Penha, na zona leste; Alto do Ipiranga, na zona sul; Vila Nova Cachoeirinha, Lauzane e Vila Espanhola na zona norte. Em todos os locais houve entrega de carta à população explicando os motivos do movimento.
Reivindicações – Os bancários querem contratação de mais empregados, manutenção do adicional de insalubridade e condições de trabalho que não apresentem risco aos avaliadores de penhor, além da manutenção da função de caixa e o fim da sobrecarga dos tesoureiros e técnicos bancários.
“Na campanha deste ano precisamos estar mais unidos do que nunca. Não só para termos direitos mantidos, mas também para assegurarmos avanços aos empregados e toda a categoria”, diz o diretor do Sindicato Francisco Pugliesi.