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domingo, 28 de abril de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 02/05/2018

Sindicato de São Paulo recebe ajuda para desabrigados de prédio que desabou

Doações podem ser feitas no centro da capital paulista e nas regionais da entidade; famílias perderam tudo, mas emergencialmente precisam de comida, água, roupas infantil e adulto, fraldas, sapatos, itens de higiene, colchão, colchonetes, cobertas.

A CUT-SP manifestou solidariedade às famílias da ocupação em prédio que desabou após incêndio que atingiu ainda um segundo edifício, no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo, durante a madrugada da terça-feira, 1º de maio. Ao menos uma pessoa morreu e outras três estão desaparecidas. Em nota, a Central destaca como causa primordial da tragédia o déficit habitacional no país, estimado em 6 milhões de domicílios, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, realizada em 2015. Só na capital paulista, faltam cerca de 1 milhão de moradias. 

"Agora é hora de nos unirmos e nos solidarizarmos diante da tragédia, mas não podemos esquecer que há um problema mais profundo, que é o descaso do poder público para com a situação de moradia no Brasil, questão que tem piorado após o golpe dado no país em 2016", diz a CUT-SP, em nota. 

A CUT e demais movimentos sociais alertam que os moradores desabrigados precisam urgentemente de doações – como colchonetes, cobertores, roupas e materiais de higiene pessoal – , que podem ser entregues aos voluntários que estão em frente à Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Largo Paissandu; na Ocupação Mauá, que fica na Rua Mauá, 340; na Paróquia Santa Ifigênia, Rua Santa Ifigênia, 30; na Ocupação Luana Barbosa,  Rua Dr Augusto Miranda, 22. 

O Sindicato também receberá doações que podem ser entregues na sede (Rua São Bento, 413, Centro) ou em uma das regionais da entidade. Confira aqui os endereços.

Também em nota, a prefeitura de São Paulo diz que o imóvel estava prestes a passar por processo de reintegração de posse, em ação movida pela União, contrariando o presidente Michel Temer, que esteve no local e disse que não poderia pedir a reintegração "porque eram famílias muito pobres". Após a desocupação, o prédio seria cedido à prefeitura, que não explica a finalidade que seria dada. 

Segundo as autoridades municipais, as 150 famílias da ocupação foram cadastradas, sem oferecer mais detalhes dos encaminhamentos. "Esse cadastro foi realizado para identificar a quantidade de famílias, o grau de vulnerabilidade social e a necessidade de encaminhamento das famílias à rede socioassistencial."

Confira a nota da CUT-SP na íntegra

É momento de solidariedade e união diante da tragédia

A CUT São Paulo lamenta profundamente o incêndio que aconteceu na madrugada desta terça-feira (1º), na região do Largo do Paissandu, no centro de São Paulo.

Nesse momento difícil, expressamos nossa solidariedade aos amigos e familiares das vítimas e a toda a população da cidade de São Paulo. Sabemos que até o momento uma vítima foi vista no local, mas não foi encontrada pelo Corpo de Bombeiros.

Lamentamos também o déficit habitacional estimado em seis milhões no Brasil, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios realizada em 2015. Sabemos que São Paulo, contudo, concentra a necessidade de novas unidades habitacionais na casa de um milhão de moradias.

Agora é hora de nos unirmos e nos solidarizarmos diante da tragédia, mas não podemos esquecer que há um problema mais profundo, que é o descaso do poder público para com a situação de moradia no Brasil, questão que tem piorado após o golpe dado no país em 2016.

São Paulo, 1º de maio de 2018.

CUT São Paulo

  Fonte: Seeb/SP
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