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sábado, 4 de maio de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 28/09/2017

Rejeição a Temer aumenta para 77% e aprovação é de 3%, aponta pesquisa CNI/Ibope

Trabalho ouviu universo de 2 mil pessoas em 126 cidades brasileiras e mostra ampliação do desgaste. Segundo coordenadores, margem de erro é de 2%. Só 3% dos ouvidos aprovam o governo e apenas 16% o consideram regular.

Brasília – A nova edição da pesquisa que é realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Ibope sobre o governo federal, divulgada hoje (28), constatou números alarmantes para o Executivo. O governo do presidente Michel Temer tem a rejeição, conforme esse trabalho, de 77% da população (pessoas que consideram o governo entre ruim e péssimo) e é aprovado por apenas 3% dos brasileiros (o percentual de pessoas que acham o governo entre ótimo e bom). Mas o mais grave é que, hoje, 89% não aprovam a maneira de Temer governar e 92% disseram não confiar no atual presidente da República.

Ficou constatado que apenas 7% disseram aprovar a maneira que o presidente governa (enquanto 4% não responderam a esta pergunta). Enquanto apenas 6% afirmaram que confiam no presidente (2% não responderam ou não quiseram se manifestar sobre a pergunta).

Conforme ainda a pesquisa, 16% dos entrevistados consideram o governo regular e outros 3% disseram não saber ou não querer responder às perguntas.

O resultado, além de mostrar o nível de desgaste do presidente – num momento especialmente delicado, em que se prepara para enfrentar a votação da denúncia contra ele no plenário da Câmara e enfrenta divisões na base aliada do Congresso – também revela que apesar dos discursos de que conseguiu melhorar índices da inflação, o prejuízo provocado com as medidas tidas como impopulares junto aos brasileiros foi bem maior.

Dentre estas medidas, são apontadas pelos parlamentares oposicionistas propostas emblemáticas encaminhadas pelo Executivo ao Congresso, como a Reforma da Previdência, a redução do orçamento do próximo ano para programas na área de agricultura familiar e outros setores sociais, assim como a política de privatizações, entre outros temas. 

Numa comparação da série com a mesma pesquisa que apurou a aprovação e desgaste do governo da ex-presidenta Dilma Rousseff, de quem Temer foi vice-presidente, a percepção é de que os percentuais de Temer são bem piores. Em março de 2016, Dilma recebeu percentual de ótimo ou bom por 10% dos entrevistados e seu governo foi rejeitado por 69% do universo ouvido pelo trabalho (um percentual inferior ao de rejeição do atual governante do país).

Comparações com governo Dilma

Na pesquisa realizada agora em setembro, quando perguntados sobre o governo atual em relação ao da sua antecessora, 59% dos ouvidos consideraram que a gestão Temer está pior. Apenas 8% avaliaram que está melhor. Um percentual 31% dos ouvidos considerou as duas gestões iguais e 2% não souberam ou não responderam.

Conforme a pesquisa anterior, 52% acharam o governo Temer pior que o de Dilma e 11% o consideraram melhor. Também piorou para o presidente o índice de pessoas que consideraram as duas gestões iguais, que foi de 35% em julho para os 31% de agora.

Em relação às áreas de atuação, destacaram-se, principalmente, os setores de Meio Ambiente e de Educação. As ações do governo voltadas para o Meio Ambiente tiveram queda de aprovação de 21% para 15% e aumento da desaprovação de 70% para 79%. A área de Educação e as políticas do ministério como um todo tiveram queda na aprovação de 22% para 17% e aumento na desaprovação de 75% para 81%.

Entre as notícias lembradas pela população que levaram ao aumento da rejeição ao presidente, foi apontada em primeiro lugar as que citam casos de corrupção (23%), seguidas das notícias relacionadas à Operação Lava Jato (11%) e da apreensão de R$ 51 milhões em apartamento ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (7%).

As demais foram a liberação da exploração da Amazônia, junto com desmatamento na região e venda de recursos naturais do Brasil (5%). E, por fim, a possibilidade de a Procuradoria-Geral da República anular o acordo de delação da JBS (4%).

A pesquisa, a terceira realizada pelo Ibope sob encomenda da CNI divulgada este ano, tomou como base um universo de 2 mil eleitores ouvidos entre os dias 15 e 20 de setembro, em 126 municípios.

Na última edição, divulgada em julho passado, o percentual de entrevistados que aprovava o presidente, que era de apenas 5%, conseguiu cair este mês para os 3% apontados desta vez. A rejeição aumentou de 70% em julho, para 77%

Discussão sobre Amazônia pesou

Segundo os organizadores, o resultado apurado apresenta um nível de confiança da ordem de 95% – levando-se em conta uma margem de erro de dois pontos percentuais.

O gerente-executivo de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato Fonseca, afirmou que a queda dos dados positivos está na margem de erro, mas por outro lado, é fácil constatar que do lado negativo há crescimento devido à redução do regular. Há uma piora clara na avaliação do presidente quando comparados os dados de julho com os de setembro", ressaltou.

Fonseca, ao apresentar os dados, considerou, a partir da avaliação do resultado, que além da crise econômica e do desemprego, os dados sugerem que a discussão sobre exploração dos minérios na Amazônia ajudou a piorar a avaliação do governo. 

  Fonte: Rede Brasil Atual
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