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sexta-feira, 3 de maio de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 13/03/2017

Dieese mostra que bancos fecharam quase 50 mil vagas em cinco anos

Segundo estudo apresentado em congresso da Contraf-CUT, em São Paulo, entre as ocupações que perderam espaço os escriturários são os mais afetados, com 15.654 postos fechados
 
Os bancos eliminaram 48.757 postos de trabalho nos últimos cinco anos, de fevereiro de 2012 até janeiro de 2016. É o que mostra estudo do Dieese, apresentado na quinta-feira (9) durante congresso extraordinário da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que começou quarta-feira e terminou na sexta-feira, em São Paulo. Entre as ocupações que perderam espaço, os escriturários são os mais afetados, com 15.654 postos de trabalho fechados, seguidos pelos caixas, com redução de 5.148 vagas.
 
Somente entre março de 2015 e janeiro último, a Caixa Econômica Federal fechou 4.907 postos de trabalho. Segundo a economista do Dieese Vivian Machado, a pesquisa também revela que as operações via internet banking e mobile banking já concentravam, em 2015, 54% das transações bancárias. Nesse período, as operações nas agências bancárias caíram para 8%. A economista também apresentou um quadro com as transações bancárias em 2016: no Itaú e no Bradesco, as operações por canais virtuais já são mais de 70%.
 
“A categoria bancária é muito impactada pelas novas tecnologias. O trabalho se transforma ao longo do tempo e neste momento há uma mudança muito radical em todo o mundo. Está surgindo o proletariado precário. Vai existir uma grande massa de trabalhadores que vai ficar com os piores salários e os piores trabalhos”, afirmou o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten. “Além da tecnologia, estamos vivendo uma crise econômica e um ataque brutal de retirada de direitos e Previdência, que complica ainda mais a situação."
 
“O cliente paga o serviço para o banco e ainda tem que fazer tudo sozinho, pelo celular, pelo computador. Segundo o Banco Central, a Lei 12.865, de 2013, tinha o objetivo de regulamentar os meios de pagamentos eletrônicos no país, mas para os bancos significou mais lucro e uma redução expressiva de custos”, avaliou Vivian.
 
O estudo demonstra que a jornada média de trabalho da categoria bancária subiu 6,7% em cinco ocupações, entre 2003 e 2015, chegando a 37 horas semanais. Por outro lado, o tempo no emprego diminuiu de 108 para 90 meses, com redução de 16,4% no período, como efeito da maior rotatividade no setor.
 
  Fonte: Rede Brasil Atual
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