Dirigentes percorreram locais de trabalho, que foram fechados pela manhã, e conversaram com bancários sobre desmonte do banco

Mais uma rodada de mobilização de bancários e dirigentes sindicais contra o desmonte do Banco do Brasil foi realizada na terça-feira (7). Foram fechados, até o meio-dia, o Departamento de Gestão de Pessoas, no Centro, as Plataformas de Suporte Operacional (PSO) da zona leste e oeste, além das agências Silva Jardim, Vila Maria, Nossa Senhora da Lapa e Moema. Houve, ainda, um ato na agência Ana Rosa.

Dirigentes sindicais percorreram os locais de trabalho e conversaram com bancários sobre os ataques ao banco público e sobre a exclusão dos caixas do pagamento da Verba de Caráter Pessoal (VCP), que mantém por quatro meses o salário dos bancários que perderam funções. Também dialogaram com a população sobre a precarização no atendimento, como consequência da reestruturação, que aumentou as filas e as reclamações junto ao Banco Central.

“O desmonte do Banco do Brasil está sendo operado pelo mesmo governo que está propondo uma reforma da Previdência na qual ninguém consegue se aposentar pelo INSS e ainda retira direitos dos trabalhadores”, disse Ernesto Izumi, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e funcionário do BB.

Durante o protesto, bancários se mostraram apreensivos quanto à situação e deram relatos de colegas que tiveram perda de função e ainda não conseguiram realocação e outros que, ao serem realocados, sofreram redução salarial nas novas funções.

“É muito importante estarmos unidos, e esses atos do Sindicato são necessários para externar o sentimento dos funcionários”, afirmou um bancário.

Outras reclamações feitas pelos trabalhadores abordaram a sobrecarga de trabalho e a falta de transparência, com avisos de nomeações e depois cancelamentos, e desencontro de informações.

Audiência MPT
Ainda nesta terça (7), ocorreu a segunda audiência com a Procuradoria Geral do Trabalho a respeito da reestruturação e os impactos para os funcionários do BB. A demanda foi protocolada pela Contraf-CUT, por meio da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil.

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  Fonte: Seeb/SP