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Jundiaí: gerentes do BB denunciam pressão insuportável por metas

Diversos gerentes de pessoa física e jurídica do Banco do Brasil se unem em um clamor por mudanças nas políticas de metas da instituição. Com relatos semelhantes, os trabalhadores expõem um cenário de pressão excessiva e cobranças inalcançáveis que impactam negativamente sua saúde mental e o ambiente de trabalho.

A principal preocupação reside no aumento abrupto das metas, que variam entre 20% e 40% em alguns produtos. Essa elevação, segundo os gerentes, não condiz com a realidade da carteira de clientes, que em sua grande maioria já está endividada e possui diversos produtos do banco.

A estagnação no crescimento da carteira de clientes torna praticamente impossível o cumprimento das metas. As novas contas abertas representam menos de 5% do total, tornando a meta um desafio inalcançável.

Para agravar a situação, mesmo o cumprimento integral da meta não é suficiente, pois a exigência chega a 120%. Tal situação gera frustração e angústia nos gerentes, que se sentem pressionados a alcançar resultados inatingíveis.

As consequências dessa pressão excessiva se refletem diretamente na saúde mental dos profissionais. Insônia, ansiedade e até mesmo pensamentos sobre pedir descomissionamento ou demissão são alguns dos sintomas relatados.

Em um apelo por um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo, o Sindicato dos Bancários de Jundiaí e região cobra uma revisão das políticas de metas. Para Álvaro Pires, diretor do sindicato, “é necessário metas realistas e alcançáveis, que levem em consideração a realidade da carteira de clientes e do mercado”.

Os relatos dos gerentes servem como um alerta para os impactos negativos da pressão excessiva por metas. Paulo Malerba, presidente do sindicato, destaca que “é fundamental que o Banco do Brasil dialogue com os sindicatos e funcionários e busque soluções que conciliem o bom desempenho com o bem-estar dos trabalhadores”.

A situação vivenciada pelos gerentes do Banco do Brasil levanta questionamentos sobre a ética e a responsabilidade das empresas em relação à saúde mental de seus colaboradores. “É urgente que um debate mais amplo seja realizado para garantir que o ambiente de trabalho seja um espaço propício ao desenvolvimento profissional e pessoal, sem comprometer a saúde mental dos trabalhadores”, conclui Malerba.

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