Nesta quinta-feira (6) ocorreu uma nova rodada de negociações entre as financeiras e o Coletivo Nacional dos Financiários, na sede da Acrefi. A reunião, que se estendeu por todo o dia, teve apresentação de duas propostas.
Na primeira, a Fenacrefi propôs aplicar o INPC linear para os próximos dois anos, com um índice de 3,34% para 2024 e o INPC para 2025. A proposta também incluiu mudanças na PLR, prejudicando os trabalhadores. Na segunda proposta, o reajuste salarial de 3,5% para 2024 ofereceria apenas 0,15% de aumento real, e a PLR manteve as alterações desfavoráveis aos financiários.
Ana Lúcia Ramos Pinto, secretária-geral da FETEC-CUT/SP disse que além da proposta sem aumento real, há ainda cláusulas que atingem em cheio conquistas históricas como a PLR e o plano de saúde. ‘’Infelizmente as financeiras sentam-se de novo à mesa com a postura irredutível de retirada de direitos. Não vamos aceitar essa imposição de total retrocesso para os trabalhadores’’.
“Todas as propostas apresentadas de alteração dos direitos conquistados, representam redução de custos das empresas e impõe perda aos financiários”, afirmou Jair Alves, coordenador do Coletivo.
Não há previsão de data para nova rodada de negociações.
Principais reivindicações
Os financiários reivindicam reajuste salarial que cubra a inflação medida pelo INPC (3,34%) de junho de 2023 a maio de 2024, e de junho de 2024 a maio de 2025, acrescido de um aumento real de 5%. Os mesmos índices devem ser aplicados na PLR. Eles também exigem um aumento real de 7% nos vales alimentação, refeição e auxílio-creche babá.
Além das questões econômicas, a proposta esperada pelos trabalhadores deve incluir compromissos reais por parte das empresas para combater o assédio moral e prevenir o adoecimento, problemas recorrentes no setor.
O Coletivo informa que os trabalhadores também reivindicam avanços nas cláusulas sociais, como a equiparação salarial entre homens e mulheres, o fim da terceirização, e a ampliação da contratação de mais trabalhadores e trabalhadoras negros, LGBT+ e pessoas com deficiência (PCDs).