Lançamento de programas que já existem, como o Você no Azul, é visto como forma de usar o banco público para atrair votos nas eleições
O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, criticou o uso político do banco como ferramenta de campanha eleitoral. Nesta quinta-feira (7), o presidente da República, que tenta reeleição, anunciou como novidade um programa de renegociação de dívida que já existe no banco desde 2019 – o Você no Azul.
Takemoto considerou o momento em que o programa foi retomado, em um contexto político, é inapropriado.
“Lançar programas que já existem e anunciá-los em discurso eleitoral é fazer do banco um comitê de campanha. Não há como separar esta ação com o claro interesse nas eleições. A Caixa e as políticas públicas que opera estão sendo capitalizadas como propaganda política. Isto é inaceitável”, destacou Takemoto.
O Você no Azul foi criado em 2019 para renegociar dívidas de pessoas físicas e jurídicas. Os descontos chegam a até 90% do total da dívida. A ação deste ano deve alcançar mais de 4 milhões de pessoas.
Programas viram peça de campanha eleitoral – O presidente da Fenae citou outros programas e políticas públicas já existentes no banco que vem sendo usados como medida eleitoreira – o Caixa para Elas é o nome criado como vitrine para atrair o público feminino, mas os produtos financeiros já existem no banco.
As recentes mudanças no Casa Verde e Amarela para permitir o uso de emendas parlamentares no pagamento de entrada nos financiamentos também é visto como uso da máquina pública para fins políticos. “São programas fundamentais como políticas públicas para a população, mas não podem ser usados dessa maneira”, disse o presidente da Fenae.
fonte FENAE