Banco se comprometeu a apresentar complementações à proposta apresentada pelo GT em reunião no dia 14 de março
Nesta quinta-feira (6), representantes sindicais participaram de uma reunião online com o banco Itaú para tratar do projeto piloto de Junta Médica, iniciado pela instituição em novembro de 2024. O encontro teve como objetivo debater problemas relatados por bancários e sindicatos e apresentar propostas de melhorias no fluxo de trabalho.
O projeto, previsto na cláusula 29 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), prevê a formação de uma junta médica para avaliar a continuidade da complementação salarial de bancários afastados pelo INSS há mais de 12 meses. No entanto, os sindicatos alertam que o modelo adotado pelo Itaú tem gerado dificuldades para os trabalhadores.
Diante disso, foi criado um Grupo de Trabalho (GT) composto pelas coordenadoras da COE Itaú, Valeska Pincovai e Maria Izabel Menezes, e as coordenadoras do GT de Saúde Itaú, Rosângela Lorenzetti e Luciana Duarte, além de representantes sindicais de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. O grupo apresentou ao banco uma proposta para aprimorar o funcionamento das juntas médicas.
“É de suma importância a criação deste GT não só para otimizar o trabalho da Junta Médica, mas também para lembrar o quanto é lamentável o banco, ao invés de priorizar a saúde dos trabalhadores, promovendo mudanças numa gestão focada em metas abusivas e resultados inalcançáveis, direcione seus esforços para cessar o benefício da complementação salarial, justamente quando os trabalhadores estão mais fragilizados pelo adoecimento”, contesta Rosângela Lorenzetti, que também é diretora de Saúde e Condições de Trabalho na FETEC-CUT/SP.
Melhorias no processo de comunicação
Entre as mudanças sugeridas, o grupo propôs que o Itaú realize um contato telefônico prévio com os bancários para esclarecer o processo antes do envio do telegrama oficial. Além disso, foi solicitado que o prazo de 20 dias para a realização da junta médica passe a contar a partir do primeiro dia útil após o recebimento da comunicação formal. Também foi sugerido que sindicatos e bancários sejam notificados com, no mínimo, 21 dias de antecedência.
Os participantes da reunião também discutiram aspectos operacionais do projeto, incluindo prazos, comunicação, honorários médicos e suporte operacional e psicológico aos bancários. A principal preocupação dos sindicatos é garantir a humanização do processo e uma melhor gestão da empresa prestadora do serviço.
O banco ouviu as reivindicações, esclareceu dúvidas e se comprometeu a apresentar, na próxima reunião marcada para 14 de março, considerações e complementações à proposta apresentada pelo GT.
Os sindicatos seguem acompanhando o tema e cobrando melhorias para garantir que os bancários afastados tenham seus direitos respeitados.
fonte FETEC-CUT/SP
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