Na última reunião da COE Santander, realizada em 23 de dezembro, o banco anunciou que os caixas passarão a ser elegíveis única e exclusivamente ao Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS), que será restrito à área administrativa. O que não foi explicitado no comunicado é que os caixas deixarão de receber a remuneração variável.
André Camorozano Felix, membro da COE Santander, destacou que os representantes dos trabalhadores apresentaram questionamentos e ponderações ao banco durante a reunião sobre essa nova diretriz, como:
- Será proibido aos caixas vender produtos?
- Como será feita a avaliação dos caixas que realizam vendas e buscam crescimento na carreira?
- Essa medida representa o início do fim da função de caixa no banco?
- Não seria essa uma forma de discriminação?
- Nas agências sem caixas, o GNS que assume essa função é prejudicado, pois precisa atuar no caixa e ainda cumprir metas de vendas, o que é incompatível.
“O movimento sindical tem sido historicamente contra a imposição de metas de vendas de produtos para os caixas, defendendo a adoção de metas coletivas como forma de valorizar o trabalho em equipe e evitar pressões individuais excessivas. A exclusão dos caixas da remuneração variável reforça a luta dos sindicatos contra as medidas que discriminam trabalhadores e retiram direitos”, afirma André Camorozano.
“A decisão do banco é um claro retrocesso e representa uma desvalorização dos caixas, que desempenham um papel essencial no atendimento ao cliente. Continuaremos firmes na luta para reverter essa decisão e garantir que nenhum direito seja retirado”, disse Rita Berlofa, secretária de Relações Internacionais da Contraf-CUT.
fontes SeebSP e Contraf CUT
