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quarta-feira, 24 de abril de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 01/12/2016

Segurança bancária em debate com PF e Febraban

Representantes dos trabalhadores relataram problemas à Polícia Federal, sugeriram soluções e criticaram postura dos bancos e do Congresso Nacional em questões referentes ao tema; grupos de trabalho sobre proposta para abertura remota de agências e outros pontos serão constituídos.
 
Entre janeiro de 2015 e junho de 2016, 713 armas de fogo foram roubadas em assaltos a agências bancárias somente no estado de São Paulo. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do estado e foram apresentados pela Polícia Federal na 111ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos da Segurança Privada (Ccasp), ocorrida na quinta-feira (1º), em Brasília.
 
A fim de reverter esse quadro, um grupo de trabalho será formado entre representantes dos trabalhadores e dos bancos, sob a supervisão da Polícia Federal, para debater onde as armas dos vigilantes deverão ser armazenadas nas agências.
 
Também foi acertada a criação de um grupo de trabalho para discutir a abertura remota das agências bancárias, a fim de tirar dos bancários a posse das chaves, que os faz alvos de bandidos e suas famílias vítimas de sequestros. A federação dos bancos (Febraban) é contra essa mudança.
 
ESTATUTO
Outro ponto debatido foi a aprovação da lei que regulamenta a atuação das empresas de segurança privada, de transporte de valores, e segurança em bancos. O texto foi ratificado na Câmara dos Deputados na terça-feira 29, e segue para discussão e votação no Senado. Os representantes dos trabalhadores destacaram que já existem diversas leis municipais mais eficientes e punitivas aos bancos do que a lei federal.
 
“A Febraban jogou um peso muito grande na Câmara para a aprovação dessa lei a fim de acabar com as leis municipais e, dessa forma, abrandar tanto medidas de segurança como punições aos bancos”, critica Carlos Damarindo, secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários de São Paulo. “Além disso, o movimento sindical não foi chamado para discutir a atualização da lei, mais uma prova de que este Congresso Nacional golpista não leva em conta os interesses dos trabalhadores”, acrescenta.
 
OUTROS DEBATES
Outra frente de discussão formada por um grupo de trabalho abordará o aperfeiçoamento dos testes de alarmes nas agências, medida que consta no plano de segurança. Os representantes dos trabalhadores entendem que, para ter efetividade, a fiscalização da Polícia Federal deverá ser feita de surpresa. A Febraban sugeriu que seja previamente agendada.
 
A questão do almocista foi outro ponto discutido. Trata-se de um vigilante que rende o colega lotado na agência durante seu horário de almoço. O Santander dispensa esse profissional e obriga os vigilantes das unidades bancárias a almoçarem antes da abertura ao público ou após seu fechamento. A Polícia Federal vai notificar o banco espanhol.
 
Os representantes dos trabalhadores consideram a recusa do Santander em pagar o almocista como uma visão economicista que impacta diretamente no plano de segurança das agências, além de prejudicar a saúde do trabalhador e ferir a lei trabalhista.
 
“Cobramos a Polícia Federal para que notifique o Santander, pois essa prática é acobertada pela Febraban e pode encorajar outros bancos a também adotar a mesma prática”, frisa Carlos Damarindo.
 
As demandas e os grupos de trabalho deverão ser consolidados na próxima reunião, agendada para o dia 14 de março.
  Fonte: Seeb/SP
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