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terça-feira, 23 de abril de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 29/11/2016

Assédio moral em debate com Fenaban

Movimento sindical cobra mais agilidade dos bancos nas repostas a denúncias de bancários vítimas de abusos e desrespeitos provocados pela gestão organizacional; saiba como identificar e se defender.
 
Os representantes dos trabalhadores cobraram da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que o prazo de resposta dos bancos para denúncias contra assédio moral feitas aos sindicatos caiam dos atuais 45 dias para 30 dias. A reivindicação foi feita durante mesa semestral de prevenção de conflitos, ocorrida na segunda-feira (28).
 
“Durante a mesa nós também cobramos indicadores a respeito do assédio moral nos bancos, se está melhorando ou piorando, para que possamos formular e cobrar soluções mais eficazes a fim de erradicar esse problema”, relata Dionísio Reis, secretário de Saúde do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
 
O assédio moral é um dos principais causadores do grande número de adoecimentos da categoria bancária. A ganância dos bancos por maior produtividade em busca de lucros cada vez maiores leva cerca de 18 mil bancários a se afastarem por doença, todos os anos. A própria Fenaban reconhece que tal pressão abusiva leva ao adoecimento.
 
Com o objetivo de mudar essa realidade, o Sindicato lançou, em maio deste ano, a campanha permanente Assuma o Controle. Seu objetivo é conscientizar o bancário a denunciar abusos e propor soluções a fim de acabar com o problema. A Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP) reproduziu o folder da campanha e enviará o material para todos os sindicatos filiados, para que a campanha seja ampliada.
 
ASSÉDIO MORAL
A política de gestão em que a meta para alcançar lucros exorbitantes está acima de tudo é a principal causadora do assédio moral. A prática ocorre quando o trabalhador é submetido a situações humilhantes, constrangedoras, isolado de seus companheiros ou proibido de exercer plenamente suas funções.
 
SOBRECARGA
As demissões promovidas pelos bancos para aumentar seus lucros levam a situações absurdas em agências e departamentos que funcionam em condições precárias, com muito menos trabalhadores do que o necessário para fazer o serviço. Essa condição é conhecida como sobrecarga de trabalho.
 
METAS ABUSIVAS
A cobrança excessiva por resultados é caracterizada como um pacote pronto e imposto de metas exageradas, inalcançáveis, que podem mudar a qualquer momento e que não respeitam o número de trabalhadores, nem o perfil da unidade.
 
Essas práticas devem ser denunciadas ao Sindicato. Para fazer denúncias sobre suas condições de trabalho, não confie nos canais internos dos bancos, pois são comuns os casos de bancários demitidos após utilizarem ouvidorias ou afins.
 
LUTAS E CONQUISTAS
Desde 2010, os bancários contam com um instrumento de combate ao assédio moral, conquistado após grande mobilização na Campanha Nacional Unificada.
Em 2014, a categoria garantiu a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma nova cláusula que prevê que o monitoramento de resultados – nome que os bancos dão para a cobrança por metas – será feito “com equilíbrio, respeito e de forma positiva para prevenir conflitos nas relações de trabalho”.
 
Na Campanha 2015, as instituições financeiras finalmente reconheceram que a pressão abusiva pode levar ao adoecimento dos trabalhadores. A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria passou a contar com outra nova cláusula, cujo objetivo é melhorar as condições de trabalho nas agências e nos departamentos.
 
  Fonte: Seeb/SP, com edições da FETEC-CUT/SP
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