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quinta-feira, 28 de março de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 29/11/2016

União contra o desmonte do BB

Desde cedo, trabalhadores e Sindicato estão nas ruas, no centro de São Paulo, denunciando à população a reestruturação que prejudicarà clientes e bancários. Plenária em frente ao Complexo São João reúne milhares.

São Paulo – A quem interessa o desmonte do Banco do Brasil? Essa é a pergunta que fica diante do anúncio feito pelo presidente da instituição, Paulo Cafarelli, do fechamento de 402 agências, transformação de outras 379 em postos de atendimento e a extinção de 18 mil cargos por meio de um plano de incentivo à aposentadoria.

A certeza é o quanto bancários e clientes serão prejudicados pela medida que terá impacto não só na qualidade do atendimento ao público, mas no acesso ao crédito no país. Entre 2008 e 2016 os bancos públicos ampliaram de 38% para 57% a concessão de crédito. Durante o auge de crise financeira internacional, foram as políticas anticíclicas promovidas por intermédio das instituições financeiras públicas que permitiram ao Brasil manter o crescimento.

O exemplo de um bancário que há oito meses foi transferido pelo banco de Belo Horizonte para São Paulo ilustra a falta de respeito do BB com a vida de seus funcionários. A jornada começou em função de uma reestruturação do setor de licitação em BH. “Mudei meus filhos de escola, entrei no financiamento de uma casa própria em São Paulo e agora terei de mudar de novo”, relata o bancário que acaba de ser transferido para Curitiba, com essas últimas mudanças impostas pelo banco.

“Por isso estamos nas ruas protestando, trabalhadores e Sindicato juntos”, afirma o dirigente da entidade, João Fukunaga, funcionários do BB. “Somente nossa união e mobilização pode garantir nossos direitos e o futuro da empresa”, reforça o integrante da Comissão de Empresa responsável por negociar com a direção do banco.

É o Dia Nacional de Luta. Em São Paulo, mais de 3 mil funcionários estão parados abrangendo a diretoria de tecnologia, o crédito imobiliário, a gestão de pessoas. Grande parte desses bancários participam de plenária, desde as 11h, em frente ao Complexo São João (que também está parado), no centro de São Paulo (Avenida São João, 32) para definir estratégias de luta. Há paralisações também em cidades de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco e em Curitiba.

  Fonte: Seeb/SP
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