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quinta-feira, 28 de março de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 24/11/2016

Funcionários têm de reagir a desmonte do BB

Em negociação, direção do banco reafirma fechamento de agências e transformação de unidades em PABs; bancários devem refletir antes de aderir ao Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada que almeja extinção de 18 mil postos de trabalho no banco público.

São Paulo – Os funcionários do Banco do Brasil têm de ampliar a resistência em defesa do caráter público da empresa. Essa certeza ficou evidenciada na negociação que durou mais de seis horas na terça 22, entre a comissão de empresa dos funcionários e a direção do banco público.

A reunião foi cobrada pelos dirigentes sindicais para que o BB prestasse esclarecimentos sobre o fato relevante divulgado no domingo 20, no qual foi anunciado o fechamento de 402 agências – cerca de 70 delas em São Paulo, Osasco e região – e a transformação de outras 379 em Postos de Atendimento Bancário (PABs). Além de uma brutal redução no quadro de funcionários que, por meio de um Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI), pretende extinguir 18 mil postos de trabalho.

> A lista de agências que serão fechadas

> Vídeo: reestruturação prejudica economia 

“Deixamos claro que esse fechamento de agências, a redução de estrutura de unidades e a saída de pessoal, sem que haja reposição, irá precarizar o atendimento e piorar as condições de trabalho, o que pode provocar, inclusive, aumento de adoecimento de funcionários”, afirma o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga.

Mesmo diante da argumentação, o representante do BB afirmou que as decisões sobre essas reestruturações, já para este ano, partiram do Conselho de Administração da instituição financeira e não mudariam.

“Essa política imposta pelo banco e sem qualquer consulta ao movimento sindical representa o desmantelamento do banco público, que será prejudicado em sua tarefa de, por exemplo, oferecer crédito agrícola. Não aceitamos isso e convocamos todo o funcionalismo para participar dos protestos em defesa do BB, que serão intensificados”, destaca o dirigente, acrescentando ser importante a participação dos trabalhadores no seminário Se é Publico, é para Todos que ocorre nesta quarta a partir das 19h na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192, Sé) e das plenárias que serão organizadas pelo Sindicato.

Cargos comissionados – Questionado sobre como ficará o preenchimento de vagas comissionadas deixadas por quem aderir ao Peai, a direção da empresa afirmou que serão destinadas prioritariamente a bancários oriundos de agências e departamentos fechados ou reestruturados. Para isso, haverá um TAO (Talentos e Oportunidades) Especial, a partir de 1º de dezembro e que ficará aberto até serem resolvidas todas as pendências. Quem tiver jornada de oito horas, mas for para um cargo com jornada de seis, não terá a remuneração nem o tempo de trabalho alterados, ou seja, jornada e salário de oito horas. Nessa fase os demais processos de ascensão profissional no BB ficarão suspensos.

Para evitar que os trabalhadores sejam prejudicados financeiramente nessa reestruturação, a comissão de empresa reivindicou o pagamento de Verba de Caráter Pessoal (VCP), inclusive para quem exerce função de caixa, a partir de 1º de fevereiro e por um período maior que os quatro meses atuais. A direção do banco não se posicionou. 

PEAI – Segundo o representantes do BB, a adesão ao PEAI já está aberta e vai até 9 de dezembro. No entanto, o trabalhador tem a prerrogativa de desistir do programa até as 23h59 do mesmo dia 9.

“Insistimos para que esse prazo fosse maior, por se tratar de uma decisão que irá mexer com o futuro de milhares de trabalhadores. Mas é importante que, desde já, as pessoas façam uma boa reflexão e entrem em contato com a Cassi, a Previ e no caso dos oriundos da Nossa Caixa, com o Economus, para saber os critérios para obter o complemento de aposentadoria e manutenção da assistência à saúde.”

  Fonte: Seeb/SP
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