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sábado, 20 de abril de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 23/11/2016

Ato na Super do BB cobra respeito a funcionários

Funcionários sentiram-se incomodados com anúncio da reestruturação feito através dos meios de comunicação e denunciam pressão por aposentadoria
 
Funcionários do Banco do Brasil e dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região fizeram um ato em frente ao prédio da Superintendência e da Diretoria de Distribuição do Sudeste (antiga Disap), na Avenida Paulista, após o anúncio de reestruturação feito pela instituição. Os bancários criticaram o fato de o comunicado ter sido divulgado em pleno fim de semana e por intermédio de um programa de TV. Além disso, há denúncias de que a direção estaria pressionando trabalhadores a aderirem ao plano de aposentadoria.
 
      > Vídeo: ato alerta e mobiliza bancários
 
O protesto começou por volta das 6h e durou até 10h, com retardo no horário de entrada dos trabalhadores. Dirigentes conversaram com bancários e tiraram dúvidas sobre o Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (Peai), sobre a jornada de seis horas dos assessores e, por fim, sobre a terrível reestruturação que está sendo proposta.
 
“Foi um trauma para todo mundo, estão todos assustados”, relata Adriana Ferreira, dirigente do Sindicato e funcionária do Banco do Brasil. “A gente quer compromisso com os trabalhadores. Vários colegas estão com suas agências fechadas, seus departamentos reduzidos, e não sabem ainda para onde vão. Esse ato é para mobilizar e cobrar do banco respeito com os bancários, compromisso com as pessoas”.
 
CORTES
No domingo 20, o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, anunciou a reestruturação de agências e o plano de aposentadoria incentivada pela instituição, prevendo a redução de até 18 mil pessoas nos quadros da instituição. Além disso, o anúncio inclui o fechamento de 402 agências e a transformação de outras 379 em postos de atendimento, com o encerramento de 31 superintendências do banco em diversos municípios.
 
RETROCESSO
A dirigente sindical Silvia Muto lembra que as empresas públicas brasileiras já passaram por uma experiência semelhante na década de 1990, em um processo de desmonte neoliberal do Estado. Ela ressalta o caráter privatista dessa reestruturação.
 
“Esse movimento de reestruturação é para transformar o Banco do Brasil, reduzindo sua folha de pagamento para ficar mais fácil de vender para o mercado. Nós somos contra isso, precisamos lutar por um banco público, que atenda à população, que mantenha o direito dos funcionários, mas, principalmente, que trate com respeito os trabalhadores que passaram por aqui. Um plano de aposentadoria incentivada cujo incentivo é ‘ou você adere ou você perde a sua comissão’ é um pouco injusto para quem dedicou a vida inteira à instituição”, avalia.
 
Essa pressão pela adesão ao plano de aposentadoria voluntária acarretou em inúmeras denúncias ao Sindicato. Funcionários do BB alegam, inclusive, uma espécie de imposição.
 
“Nós estamos recebendo denúncias de que o Banco do Brasil está pressionando as pessoas praticamente a aderir a esse plano de aposentadoria. Vamos brigar contra isso. Os bancários estão dispostos a ir contra essa exigência, que é quase um assédio moral, para o pessoal se aposentar. Se o plano está dizendo que a aposentadoria é voluntária, não pode haver pressão”, reforça Cláudio Luis Souza, dirigente do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil.
 
  Fonte: Seeb/SP
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