Banco implanta mudanças que em tese impedem funcionário de trabalhar de graça, mas alguns gestores estão complicando a vida dos seus subordinados e devem ser denunciados; Sindicato alerta trabalhadores para que não permaneçam no local de trabalho após registrar saída, pois isso causa demissão.

São Paulo – O Itaú implantou mudanças no ponto eletrônico. Agora o funcionário só consegue trabalhar após registrar entrada no banco. Além disso, o sistema trava nos intervalos e horário de almoço enquanto o bancário não marcar saída.  E no retorno, a entrada deve ser registrada. Do contrário, o empregado fica impossibilitado de trabalhar.

Com a mudança, a hora extra só pode ser cumprida depois de os gestores a liberarem no sistema. Mas o que deveria ser um aperfeiçoamento em favor dos trabalhadores se tornou um transtorno para muitos deles, como conta Valeska Pincovai, dirigente sindical e bancária do Itaú.

“Ótimo. Ninguém trabalha mais de graça, só que não, porque os gestores não liberam hora extra, mas exigem a entrega do serviço que, muitas vezes, não é possível ser entregue no horário regulamentar. No desespero, os trabalhadores não sabem o que fazer.”

Cobrados pelo Sindicato, os representantes do banco responderam que essas medidas foram implantadas em favor dos trabalhadores. “Concordamos, desde que não haja cobrança e assédio moral por parte dos gestores”, enfatiza Valeska.

O Sindicato orienta aos bancários para que denunciem gestores que pressionam ou assediam moralmente. As denúncias podem ser feitas diretamente aos dirigentes sindicais, por meio das redes sociais, pelo 3188-5200, pelo 97593-7749 ou pelo Fale Conosco http://www.spbancarios.com.br/FaleConosco.aspx, escolhendo o setor site. O sigilo é absoluto.

“Também alertamos aos trabalhadores para, que após registar a saída, não permaneçam no local de trabalho, pois isso é motivo de demissão no Itaú”, orienta Valeska. 

  Fonte: Seeb/SP