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terça-feira, 23 de abril de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 17/11/2016

Caixa mantém liderança em reclamações de clientes

Banco eliminou 2,6 mil postos de trabalho em apenas doze meses e Sindicato considera que número insuficiente de bancários para atendimento é responsável pelas queixas
 
A Caixa Econômica Federal continua na liderança em reclamações de clientes no ranking elaborado pelo Banco Central. O banco público recebeu 1.418 queixas consideradas procedentes.
 
“A Caixa insiste na precarização do atendimento por meio da eliminação postos de trabalho. O resultado é a permanência do banco no topo de reclamações do Banco Central”, critica Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE). “É a velha fórmula de sucatear para forçar a opinião pública a acreditar que o banco é ineficaz e, dessa forma, preparar o caminho para a privatização.”
 
Entre junho de 2015 e junho de 2016, a Caixa teve redução de 2,4% no número de empregados por agência. Em outra direção, o banco tinha um bancário para cada 770 clientes em junho do ano passado. Passou a ter um empregado para cada 828 clientes 12 meses depois, elevação de 7,5%. Entre setembro do ano passado e deste ano, foram fechados 2,6 mil postos, sendo 631 apenas no terceiro trimestre de 2016.
 
              > Caixa lucra R$ 3,4 bi e corta 2,6 mil empregos
 
Em outubro, a Justiça do Trabalho obrigou a Caixa a nomear 2 mil concursados aprovados. A decisão da 6ª Vara do Trabalho de Brasília considerou que o banco descumpriu a cláusula 50 do acordo coletivo 2014/2015, assinado com o movimento sindical, que determinava as contratações.
 
A ampliação do número de postos de trabalho é uma luta histórica dos empregados da Caixa e que vinha obtendo êxito durante os governos democráticos e populares. O banco passou de 55 mil bancários em 2003 para 101 mil em 2014.
 
SEMINÁRIO
“Só a mobilização dos empregados e da sociedade pode defender o caráter 100% público deste banco que tem papel fundamental no desenvolvimento social. Papel que banco privado nenhum aceitaria manter por visar apenas o lucro”, afirma Dionísio.
 
Para discutir e organizar formas de resistência a ameaças privatistas, o Sindicato promove o seminário Se é público, é para Todos, parte da campanha nacional com o mesmo nome. Será na quarta 23, às 19h, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192, Centro). A participação é gratuita e aberta a todos.
 
              > Campanha Se é público, é para todos


COMPLETAM O PÓDIO
Entre as instituições de mais de quatro milhões de clientes, o Bradesco ficou em segundo lugar, com índice de 14,59 e um total de 1.362 reclamações procedentes. Em terceiro lugar, ficou o Santander, com índice em 12,96 e 476 queixas.
 
Para fazer o ranking, as queixas são divididas pelo número de clientes da instituição financeira que originou a demanda e multiplicadas por 1 milhão. Assim, é gerado o índice, que representa o número de reclamações de cada instituição financeira para cada grupo de 1 milhão de clientes.
 
A Caixa, que tem mais de 82,4 milhões de clientes, ficou com um índice de 17,20. Na divulgação anterior do ranking bimestral, a Caixa também ficou em primeiro lugar, com índice de 16,69.
 
Pela metodologia do ranking, as instituições financeiras são divididas em dois grupos: as que têm mais de quatro milhões de clientes e as que têm menos de quatro milhões de clientes.
 
PRINCIPAIS RECLAMAÇÕES
A maior queixa dos clientes bancários, em setembro e outubro, foi a oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada, com 709 casos. Em seguida ficaram as reclamações relacionadas a irregularidades sobre integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços (685). No total, o BC recebeu 5.556 reclamações.
 
  Fonte: Seeb/SP
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