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quinta-feira, 25 de abril de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 18/11/2016

Bancários paralisam CT contra demissões no Itaú

Com 6 mil trabalhadores, Centro Tecnológico ficou de portas fechadas nas primeiras horas da manhã; protesto em São Paulo fez parte de Dia Nacional de Luta contra os cortes promovidos pelo banco
 
O Centro Tecnológico do Itaú foi o palco em São Paulo do protesto dos funcionários contra demissões. O ato, que paralisou as atividades do CT entre as 5h e 10h da manhã da quinta-feira 17, integrou o Dia Nacional de Luta contra os milhares de cortes de emprego promovidos pelo maior banco privado do país. No CT trabalham cerca de 6 mil pessoas, entre bancários e terceirizados.
 
“Um banco que lucrou R$ 16,3 bilhões só nos primeiros nove meses do ano, não tem a menor justificativa para demitir”, afirma a diretora do Sindicato e funcionária do Itaú Valeska Pincovai, lembrando que no mesmo período (de janeiro a setembro de 2016), o Itaú cortou 1.744 postos de trabalho. Em 12 meses (setembro de 2015 a setembro de 2016), o número de empregos extintos pela empresa chegou a 2.753.
 
“O Itaú está muito mais preocupado em intervir nos rumos políticos do país, do que em exercer sua responsabilidade social como instituição financeira. Como confiar nas intenções de uma empresa que está presente no governo federal, estará na Prefeitura de São Paulo, que funda partido político, mas que não contribui para o desenvolvimento do Brasil, já que manda para a rua milhares de pais e mães de família ao invés de gerar empregos?”, questiona a dirigente.
 
Valeska se refere à presença de executivos do Itaú em postos importantes para a economia do país e da cidade de São Paulo: Ilan Goldfajn, ex-economista chefe do Itaú, compõe a equipe de Temer como presidente do Banco Central; e o diretor associado do banco Caio Megale, foi anunciado pelo futuro prefeito João Dória (PSDB) como seu secretário da Fazenda. Além disso, o Itaú é um dos principais financiadores do recém-criado Partido Novo, que defende concepções neoliberais como a redução da presença do Estado na vida dos cidadãos. “Leia-se: redução de políticas sociais e de investimentos em áreas fundamentais para a população como saúde e educação”, explica.
 
Resistência
A diretora do Sindicato destaca que o protesto do Dia Nacional de Luta foi muito bem recebido pelos bancários do CT. “Os trabalhadores cruzaram os braços e demonstraram que estão insatisfeitos com essa política de cortes no banco. Estamos mobilizados e vai ter resistência”, avisa Valeska (foto à esquerda).
 
  Fonte: Seeb/SP
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