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quinta-feira, 25 de abril de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 14/11/2016

Cuidado! Itaú segue demitindo por qualquer deslize

Banco mandou embora funcionários do CA Pinheiros porque eles usaram ferramenta de comunicação interna MOC 'de maneira indevida'; bancários devem seguir estritamente o código de ética e os demitidos que se sentirem injustiçados devem acionar a Justiça
 
O Itaú demitiu 14 funcionários da Área Gerência KYC, lotada no Centro Administrativo Pinheiros. Para justificar as dispensas, alegou uso indevido da ferramenta de comunicação interna MOC.
 
“No local o clima é tenso e todos estão apavorados”, relata Carlos Garcia, funcionário do Itaú e dirigente sindical. “O banco sustentou que eles se esqueciam que estavam no local de trabalho e utilizavam o meio de comunicação para outros fins”, acrescenta.
 
O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região questionou o Itaú a respeito das demissões e orienta os funcionários que se sentirem injustiçados com demissões pelo mesmo motivo que acionem a Justiça. Um dos trabalhadores, por exemplo, conta que alguns colegas apenas levaram advertência, enquanto ele foi demitido pelo mesmo motivo, sem ter tido a possibilidade de se defender.
 
“O Itaú procura motivos para demitir, por isso os funcionários precisam estar atentos e não podem se descuidar um só segundo”, alerta Carlos. “O uso dos meios de comunicação do banco devem ser estritamente profissionais. Não podemos nem esticar assuntos alheios ao trabalho, como um ‘tudo bem’, ‘hoje está chovendo’, ‘fazendo calor’, ‘e sua família?’. Temos de estar atentos o tempo todo com o código de ética.”
 
O Itaú lucrou R$ 16,3 bilhões nos primeiros nove meses de 2016. Em 12 meses (setembro de 2015 a setembro de 2016) eliminou 2.753 postos de trabalho, sendo 1.744 apenas nos primeiros nove meses deste ano.
 
“Um lucro imenso como este, obtido por meio do trabalho duro dos funcionários, não justifica demissões”, critica Carlos Garcia. O Itaú ganha muito dinheiro em cima da sociedade. Ao invés de demitir milhares de pais e mães de família, deveria gerar empregos. Isso sim muda o mundo”, completa o dirigente.
 
  Fonte: Seeb/SP
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