Ato na tarde de sexta-feira reuniu centrais sindicais e frentes populares no encerramento do Dia Nacional de Greve e Paralisação contra retirada de direitos, terceirização e PEC que congela investimentos.
São Paulo – Teve luta o dia todo, paralisação, teve chuva e muita disposição. Trabalhadores das mais diversas categorias que participaram do Dia Nacional de Greve e Paralisação, reuniram-se em ato no final da tarde da sexta-feira 11, na Praça da Sé, centro de São Paulo, e firmaram um compromisso: não deixarão as ruas.
Mobilizados junto aos seus sindicatos, as frentes Brasil Popular, Povo sem Medo e algumas das maiores centrais sindicais do país (CUT, CTB, Intersindical e Conlutas), milhares de manifestantes encerraram ao som do forró e dos discursos das lideranças o dia de protestos. A luta é contra medidas propostas pelo governo Temer, como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55 – que congela investimentos públicos por 20 anos –, e as reformas da Previdência – com aumento da idade mínima para se aposentar para 65 anos – e trabalhista – com ameaça a direitos previstos na CLT.
Os estudantes , que ocupam mais de mil escolas pelo país pelo direito a educação pública de qualidade, foram lembrados e homenageados por todos que falaram.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores, o bancário Vagner Freitas, provocou: “Temer, se estiver ouvindo, você é um golpista, não foi eleito pelo povo brasileiro e não tem direito de fazer nenhuma dessas modificações. Hoje teve nossa resposta: se mexer na Previdência, na CLT, nos direitos dos trabalhadores, na educação, vamos fazer a maior greve geral que este país já viu”, afirmou. “Vamos continuar nossa luta para colocar o Brasil no rumo certo.”
A secretária-geral do Sindicato, Ivone Silva (foto ao lado), também falou aos trabalhadores. “Parabéns a todos que fizeram manifestações durante todo o dia e agora estão aqui, mesmo com chuva. Os bancários pararam hoje porque não aceitam perder direitos. Fizemos uma greve de 31 dias e agora vemos nossa CCT, a CLT ameaçada seja pela terceirização, ou pelas reformas trabalhista, da Previdência. Nós dizemos não à retirada de direitos trabalhistas e sociais.”
A presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, reforça a importância de todos os bancários reforçarem essa luta ao lado dos demais trabalhadores. “Estamos juntos, não vamos aceitar nenhum direito a menos.”
Fonte:
Seeb/SP