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quarta-feira, 24 de abril de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 11/11/2016

Bancários não aceitam retirada de direitos

Em Dia Nacional de Greve e Paralisação, trabalhadores atrasam abertura de grandes centros administrativos e agências de corredores financeiros na luta por empregos, direito à aposentadoria, contra a terceirização e a PEC que acaba com saúde e educação; às 16h30 tem ato na Sé.
 
Categoria de luta, os bancários não vão aceitar abrir mão de seus direitos. Na manhã da sexta-feira 11, Dia Nacional de Greve e Paralisação, algumas das principais concentrações dos bancos públicos e privados iniciaram mais tarde suas atividades. O mesmo aconteceu nos corredores de bancos da região central, Paulista, Praça Silvio Romero, na zona leste, Largo do Socorro e outras regiões da zona sul.
 
No Telebanco Bradesco (foto à esquerda), em Santa Cecília, a mobilização começou às 6h. Os trabalhadores cruzaram os braços ao lado do Sindicato contra a retirada de direitos e a ameaça de liberação das terceirizações.
 
“Nós não vamos aceitar a precarização do nosso trabalho, a redução de salários, que nos imponham a alta rotatividade comum entre os terceirizados, o alto grau de adoecimento, muito maior do que a gente tem na categoria”, disse a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, aos bancários. “A terceirização é sinônimo de precarização, é sinônimo de retirada de direito”, reforçou.
 
Erica de Oliveira, funcionária do Bradesco e dirigente do Sindicato, lembrou a luta dos trabalhadores que conseguiu reverter as terceirizações do call center. “Esse setor já foi muito terceirizado e, graças a uma luta intensa do Sindicato e dos trabalhadores, nós conseguimos reverter, ao longo dos anos, muitos processos de terceirização. Porém, a luta tem que ser constante. A gente tem de estar sempre em vigilância porque o momento que a gente está vivendo é bastante delicado. A gente precisa continuar lutando.”
 
Os centros administrativos CAT e ITM (foto à direita), do Itaú, também abriram mais tarde. A secretária-geral do Sindicato, Ivone Maria da Silva, estava no CAT com os bancários e saudou os trabalhadores pela participação na luta.
 
“Nós, como outras categorias, estamos vendo nossos direitos sendo atacados como há muito não se via neste país. Querem rasgar a Constituição e promover cortes em áreas fundamentais como saúde e educação com a chamada PEC da Morte [antiga PEC 241 na Câmara, atual PEC 55 no Senado], querem aumentar a aposentadoria para 65 anos para todos, estão correndo para aprovar a terceirização sem limites que vai acabar com a carteira assinada e os direitos previstos na CLT. Não vamos permitir que isso aconteça. Estaremos nas ruas em defesa dos nossos empregos, dos nossos direitos”, afirmou a dirigente sindical.
 
Os protestos chegaram também ao Vila Santander, ao prédio do Banco do Brasil, da Avenida São João, centro de São Paulo, e da Caixa na Avenida dos Autonomistas, em Osasco.
 
TODOS NA SÉ
Às 16h30, em São Paulo, o Dia Nacional de Greve e Paralisação contará ainda com ato na Praça da Sé, no centro da capital. “Todos os bancários estão convocados para o protesto, só nossa mobilização vai barrar a retirada de direitos”, diz Ivone.
 
NO BRASIL
Desde a madrugada desta sexta-feira, trabalhadoras e trabalhadores de todo o país saíram às ruas para protestar contra a PEC da Morte e outros retrocessos promovidos pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB).
 
Entre as ações, houve ocupações de universidades, rodovias trancadas, garagens de ônibus foram fechadas, prédios de estatais também foram tomados e diversas categorias paralisaram.
 
> Ruas e estradas bloqueadas contra a PEC 55
 
NAS REDES
A mobilização dos trabalhadores alcançou também as redes sociais e o tema ficou entre os mais comentados do Brasil durante boa parte da manhã. O termo Dia Nacional de Greve e a hashtag #CruzeOsBraços contaram com milhares de postagens no Twitter e Facebook, com participação de categorias como metalúrgicos, rodoviários, petroleiros, além de bancários.
 
  Fonte: Seeb/SP
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