publicado em 10/11/2016
Proposta para Cassi será votada a partir do dia 11
Acordo, construído em dois anos de negociações, preserva direitos dos associados e assegura sustentabilidade; entidades representativas dos funcionários e aposentados do BB indicam aprovação.
O Banco do Brasil anunciou que vai levar proposta para equacionar contas da Cassi, construída em mesa de negociação, para apreciação dos associados a partir do dia 11. O acordo prevê entrada de recursos de cerca de R$ 40 milhões mensais, sendo R$ 23 milhões pelo BB (reajustados anualmente), via reembolso de programas e unidades próprias da Cassi, e R$ 17 milhões pelo corpo social da entidade, via contribuição extraordinária de 1% sobre salários e aposentadorias até dezembro de 2019.
Também será implantado Comitê de Auditoria e colocada em prática revisão dos processos de gestão, com auxílio de consultoria contratada com recursos do BB, visando melhorar serviços de saúde, agilizar o atendimento e racionalizar despesas com objetivo de equacionar o déficit estrutural da entidade.
“A proposta negociada, que tem caráter temporário e não definitivo, resolve o problema atual de caixa, iniciando importante discussão sobre a necessária mudança estrutural da Cassi, com foco na promoção da saúde, ampliando a atenção integral à saúde e investimento na rede própria de atendimento, objetivando um modelo prioritariamente preventivo”, esclarece a diretora do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Silvia Muto.
Construído em dois anos de negociações, o acordo garante a sustentabilidade da Cassi e preserva direitos dos associados e a solidariedade, além de programas de saúde como, por exemplo, fornecimento de remédios e atendimento domiciliar para doentes crônicos.
De acordo com Silvia, a atuação das entidades representativas dos funcionários e aposentados do BB foi responsável pelo recuo do banco quanto à sua proposta inicial, que jogava nas costas dos associados a cobertura do déficit da Cassi e quebrava o princípio da solidariedade. “Foi necessária muita pressão para o banco admitir que precisa honrar seus compromissos e realizar os aportes negociados”, avalia.
“Desde a última alteração estatutária da entidade, as despesas cresceram mais que as receitas. O acordo reequilibra as contas e traz tranquilidade para o associado e sua família. Por isso, enfatizamos a necessidade da participação de todos na consulta e indicamos a aprovação da proposta”, conclui a dirigente sindical.
Silvia reforça ainda que, em caso de dúvidas sobre o acordo, os dirigentes sindicais estão à disposição dos associados para qualquer esclarecimento que se fizer necessário.
Fonte:
Seeb/SP