publicado em 04/10/2016
Na véspera de bater recorde, greve dos bancários segue forte e mobilizada
No 29º dia da greve nacional dos bancários, 13.104 agências e 44 centros administrativos com as atividades paralisadas
Os bancários completaram, nesta terça-feira (4), o 29º dia da greve nacional da categoria com 13.104 agências e 44 centros administrativos com as atividades paralisadas. O número representa 55% do total de agências de todo o Brasil.
Na quarta-feira (5), a greve iguala a marca da campanha de 2004, primeiro ano da mesa de negociações unificadas entre bancos públicos e privados e recorde desse novo modelo, 30 dias.
Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, comemorou a força da mobilização, mesmo diante da repressão dos banqueiros. “Em algumas regiões os bancos colocaram a polícia para pressionar e obrigar os bancários a trabalhar. Tem bancos produzindo documentos com ameaças e informações falsas. Isso é mentira e a categoria está ciente. Só a luta te garante!”
Mais de uma centena de sindicatos realizaram assembleias organizativas e decidiram fortalecer a greve, a unidade e a mobilização da categoria. Várias propostas criativas de ampliação e de diálogo com as comunidades foram apontadas, já que os clientes, os usuários e a população estão sofrendo muito com a greve esticada pelos banqueiros.
Para Roberto von der Osten, nenhum setor da economia fica tanto tempo em greve sem atender minimamente o reajuste dos seus trabalhadores pela inflação. Seria até compreensível se fosse um setor com prejuízos. “Mas, como os bancos vão explicar isso para os seus clientes e para a população. Seus lucros são recordes. Porque querem achatar os salários de seus empregados? De onde vem esta orientação? Do FMI? Do ajuste fiscal? De onde?”, indagou.
Fonte:
Contraf-CUT