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sexta-feira, 19 de abril de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 14/06/2019

Bancários de Catanduva vão às ruas em defesa da Previdência, da educação e por mais empregos

Desde as primeiras horas desta sexta-feira (14), Dia Nacional de Greve Geral, trabalhadores de diversas cidades do país estão realizando atos e manifestações para denunciar os prejuízos que a Proposta de Reforma da Previdência do governo Bolsonaro trará caso seja aprovada.

Em Catanduva, a categoria bancária também foi às ruas para mostrar que não vai permitir os ataques aos direitos dos trabalhadores e que vai lutar para garantir o direito de todos a uma aposentadoria digna.

As atividades no município tiveram início às 13 horas e foram organizadas pelo Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região em parceria com a Apeoesp, Instituto Federal, demais sindicatos, centrais e movimentos populares. 

Portando faixas e entoando palavras de ordem, diretores do Sindicato, junto das demais categorias, concentraram-se defronte à Praça da Matriz, região central, para alertar e mobilizar os trabalhadores contra a PEC 6/2019 e reforçar a luta em defesa da educação e por mais empregos. 

Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato dos Bancários e coordenador da subsede da CUT-SJRP, explicou que o sistema financeiro é um dos principais interessados nas reformas que podem causar enormes prejuízos aos trabalhadores, que são a peça fundamental para o funcionamento da economia. Por isso, a adesão de toda a classe trabalhadora às manifestações e atos desta sexta-feira é extremamente importante para impedir retrocessos e ameaças às conquistas.

“Nós, trabalhadores bancários e demais categorias, temos de ampliar a pressão sobre os parlamentares para barrar os projetos de retirada de direitos apresentados pelo governo Bolsonaro, com patrocínio de banqueiros e empresários que estão de olho no aumento dos lucros em troca do desmonte da Previdência Social e da precarização dos empregos, alertou o dirigente sindical.

Todos os trabalhadores, do campo e da cidade, além dos servidores, serão atingidos pela reforma da Previdência e terão de trabalhar muito mais para ganhar bem menos de aposentadoria no final da vida. Muitos, especialmente os mais pobres, mesmo trabalhando e contribuindo por mais tempo, não vão conseguir se aposentar.

A PEC 6/2019 impõe a obrigatoriedade da idade mínima de 65 anos para os homens e 62 para as mulheres se aposentarem. Também aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para 20 anos e muda o cálculo do valor do benefício para reduzir o valor pago pelo INSS. As mudanças também podem rebaixar drasticamente os valores, inclusive de quem já é aposentado.

"Nossa luta não é só pelo direito de milhões de brasileiros a uma aposentadoria digna. O fim da Previdência Social coloca em risco também o salário-maternidade, aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, auxílio acidente, pensão por morte... Não precisamos de uma reforma que retire direitos. O país precisa que o governo cobre os devedores do INSS e pare de entregar dinheiro aos banqueiros. Somente nossa união e organização será capaz de barrar essa reforma na íntegra", enfatiza Vicentim. 

Na ocasião, os dirigentes também reforçaram a importância das empresas públicas para o desenvolvimento do país e a ameaça de desmonte colocada em prática pelo governo neoliberal de Bolsonaro, sobretudo de instituições como a Caixa o Banco do Brasil. Empregados da Caixa e do BB já sentem na pele os efeitos perversos desta política, com reestruturações que tem causado a diminuição de milhares de postos de trabalho. Sem reposição, faltam bancários nas agências e cresce a sobrecarga de trabalho, as pressões, o assédio moral e o adoecimento dos trabalhadores.

“Estas medidas impossibilitam o papel social dos bancos públicos e beneficiam apenas os bancos privados, que lucram com o aumento da demanda por planos de aposentadoria privada. É hora de nos levantarmos e mostrarmos nossa resistência contra toda e qualquer retirada de direitos. Juntos somos mais fortes!”, conclamou Vicentim.

  Fonte: Seeb Catanduva
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