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sexta-feira, 19 de abril de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 17/05/2019

Todos na luta por educação e pela aposentadoria

Professores e estudantes do ensino federal, estadual e municipal de todo o país estão de braços cruzados nesta quarta (15), Dia Nacional de Greve na Educação.

A intenção é construir uma mobilização histórica contra a reforma da Previdência e os cortes de investimentos na educação, reunindo trabalhadores e trabalhadoras da rede pública e privada, servindo também de "esquenta" para a Greve Geral marcada para o dia 14 junho, para mostrar ao governo Jair Bolsonaro (PSL) que os brasileiros não aceitam o fim da aposentadoria.

Além dos professores e estudantes das escolas municipais e estaduais que já aderiram à paralisação nacional desta quarta-feira, os trabalhadores das universidades e institutos federais também decidiram pela participação na Greve Nacional da Educação chamada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) e pela Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino).

É uma unidade muito importante para dialogar com a população e mostrar o quanto a educação pública e de qualidade, nos três níveis (federal, estadual e municipal), estão sendo atacadas de forma brutal pelo governo Bolsonaro.

Em Catanduva (SP), a atividade ocorrerá durante todo o dia na Praça Monsenhor Albino, região central do município, e conta com a participação de alunos e professores da ETEC-Centro Paula Souza, do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) e com o apoio da Apeoesp, da CUT e demais entidades e movimentos sociais. 

O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região se uniu à mobilização contra o corte de verbas, medida que coloca em risco a pesquisa científica e o futuro de milhões de jovens no país, e contra a reforma da Previdência, um ataque ao direito de se aposentar de milhões de trabalhadores.

Durante a manhã, o presidente da entidade Roberto Carlos Vicentim e os dirigentes sindicais Paulo Franco, Júlio César Trigo, Carlos Alberto Moretto, Antônio Júlio Gonçalves Neto e Amarildo Davolli participaram das atividades em apoio aos estudantes e trabalhadores do setor da educação e dialogaram com a população sobre a importância de resistir a mais esse ataque contra toda a população brasileira. 

Roberto Carlos Vicentim lembrou que o Brasil caminha na contramão de países desenvolvidos como a Alemanha, por exemplo, que anunciou investimentos de 160 bilhões de euros na educação, para os próximos anos. 

"As nações desenvolvidas trabalham em prol de seus cidadãos, por isso percebem que os investimentos em educação são revertidos em avanços na medicina, avanços tecnológicos, melhoras na indústria, no setor de agricultura, promovendo a geração de empregos. Enquanto aqui no Brasil, temos um governo que trabalha exclusivamente para beneficiar o setor patronal, sobretudo os banqueiros. As políticas defendidas pelo presidente e sua equipe visam acabar com o Estado, com a pesquisa acadêmica, com a Previdência pública e a seguridade social, aumentando o desemprego e a desigualdade social. Mas vamos resistir. Não aceitaremos nenhum direito a menos!", conclamou Vicentim.

Professores serão prejudicados com reforma

Se PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 6/2019, da reforma da Previdência, for aprovada no Congresso Nacional, os professores e professoras serão uma das categorias mais penalizadas.

As mulheres terão de trabalhar pelo menos mais 10 anos e os homens mais 5 anos para alcançar a idade mínima de 60 anos para requerer a aposentadoria.

A proposta de Bolsonaro pretende fixar em 60 anos a idade mínima para professores e professoras da rede pública e privada se aposentarem. A reforma também pretende unificar em 30 anos o tempo mínimo de contribuição para ambos os sexos.

E mesmo trabalhando durante 30 anos, os professores e professoras receberiam apenas 80% do salário-benefício. Para receber o valor integral do benefício (100%), eles teriam de contribuir por 40 anos.

  Fonte: Seeb Catanduva
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