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sexta-feira, 29 de março de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 30/07/2016

Bancários debatem em grupos a pauta de reivindicações da categoria que será entregue aos bancos

No total, 633 delegados e delegadas discutiram as demandas enviadas por Sindicatos e Federações de todo o Brasil
 
Emprego, saúde, segurança e condições de trabalho, remuneração, e organização de luta foram os temas dos quatro grupos, dentro da 18ª Conferência Nacional dos Bancários, que debateram as reivindicações da pauta da Campanha Nacional 2016, neste sábado (30), no hotel Holiday Inn, em São Paulo.  Os pontos que não obtiveram mais de 80% de aprovação nos grupos serão apresentados na plenária final, que acontece neste domingo (31). A participação no encontro nacional chega a 633 delegados e delegadas, sendo 233 mulheres e 400 homens, além de 34 observadores e 51 convidados, com delegações de  trabalhadores de outros países.  
 
Emprego
 
No grupo sobre emprego, os delegados e delegadas discutiram temas como geração de vagas, manutenção de postos de trabalho e fim da rotatividade. Promoção da igualdade de oportunidade para todos e todas, com fim das discriminações na contratação, nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, LGBTS e Pessoas com Deficiência (PCDs), também teve destaque.
 
Segundo a coordenadora do grupo, Suzineide Rodrigues, presidenta do Sindicato de Pernambuco, a discussão mais importante para a categoria bancária hoje é emprego.
 
“É de extrema importância que nesta campanha, a categoria intensifique a luta em defesa do emprego. Os bancos seguem apresentando lucros exorbitantes em seus balanços referentes ao primeiro semestre deste ano, portanto é inadmissível compactuar com a onda de cortes de posto de trabalho. Vamos cobrar incisivamente a responsabilidade social e coerência dos bancos na mesa de negociação, além da ampliação da igualdade de oportunidades nos locais de trabalho. Temos que manter firme a nossa organização e mobilização para arrancarmos dos bancos propostas decentes”.
 
Para avançar no combate à terceirização no sistema financeiro, o grupo irá propor, na plenária geral, a criação de uma comissão bipartite, com participação dos sindicatos e dos bancos, para discutir o tema.
 
Saúde, Segurança e Condições de Trabalho
 
Os delegados e delegadas desenvolveram nesta Conferência um trabalho de atualização da minuta sobre os temas saúde e condições de trabalho. Muitos pontos, que apareciam mais de uma vez, em artigos diferentes, foram reordenados, extintos, ou tiveram a redação readequada.
 
"A minuta foi crescendo ao longo do tempo, tínhamos muitos itens vencidos, com mudanças de legislação, ou sem conexão com o momento atual, como o que tratava de eliminação de riscos. O objetivo foi aproximar a pauta da realidade dos bancários e bancárias", explicou Sérgio Amorim, coordenador do grupo e secretário de Formação do Sindicato dos Bancários do Rio.
 
A maior parte dos artigos de saúde obteve consenso no grupo, como a melhoria nos programas de retorno ao trabalho, participação dos trabalhadores e dos sindicatos nas questões de saúde, além do acesso a informações retidas pelos bancos.
 
O combate ao assédio moral e assédio sexual está entre as principais reivindicações, assim como a questão das metas, e de que como interferem na saúde do trabalhador. Os três temas serão retomados neste domingo (31), para votação em plenária geral.
 
Em relação à segurança, os bancários reforçaram a necessidade de portas giratórias nas agências, já que muitas ainda não possuem o item de segurança. A instalação de biombos nos caixas eletrônicos e o fim das guardas das chaves pelos trabalhadores também estão na minuta aprovada no grupo. O único artigo a ser deliberado pela plenária trata-se da presença de vigilantes, durante 24 horas, nas agências.
 
"Foi um debate muito rico, são temas muito sensíveis aos trabalhadores, diretamente ligados ao dia a dia, à vida de cada um. O grupo teve discussões acaloradas, com grande participação, como devem ser nos espaços democráticos", concluiu Sérgio Amorim.
 
Remuneração
 
Os debates sobre remuneração giraram em torno dos valores do piso, vales e da PLR que serão reivindicados aos bancos na Campanha Nacional 2016. As discussões sobre índice de reajuste salarial e remuneração variável foram encaminhadas para serem debatidas na plenária final, que acontece neste domingo (31).
 
Adriana Nelasso, presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e coordenadora do grupo, afirmou que “neste momento, em que vivemos sérios ataques aos direitos dos trabalhadores e com recessão econômica, é importante destacar que o setor bancário é o único que não parou de lucrar. Por isso, temos certeza que eles têm toda condição de atender às reivindicações da categoria, que são justas.”
 
Estratégia de Luta
 
O Grupo de Organização do Movimento avaliou 104 propostas enviadas por sindicatos e federações, em oito blocos de discussão dos seguintes temas: Organização, Campanha Nacional Unificada, Organização do Momento, Bandeiras de luta, Disputa da Sociedade, Sistema Financeiro Nacional e Conferência Nacional.
 
Segundo o coordenador Carlos Eduardo Bezerra Marques, presidente da Fetrafi-NE, o grupo fez  um amplo debate em busca do consenso e definiu  os temas polêmicos que serão levados à plenária final.  “Ficou claro também que há muita preocupação com a conjuntura e que é preciso unidade na construção da luta dos bancários e de todos os trabalhadores”, destacou.
 
Programação
 
A 18º Conferência Nacional dos Bancários segue neste domingo (31), com a apresentação da Campanha de Mídia e com a realização da Plenária Final, quando os bancários definem a pauta de reivindicações, que será entregue aos bancos, no dia 9 de agosto.
 
Fonte: Rede Nacional de Comunicação dos Bancários
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