Sindicato interditou local para garantir dispensa dos funcionários e cobra do Santander emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho
Uma agência do Santander localizada dentro de um batalhão da Polícia Militar, na zona Norte de São Paulo, foi assaltada na noite de terça-feira (12). Os criminosos renderam funcionários para ter acesso ao cofre. Dirigentes sindicais estiveramj no local nesta quarta-feira (13) para interditar a unidade e garantir a dispensa dos bancários.
Quando há um roubo a banco, representantes sindicais vão até a unidade para orientar os empregados sobre os procedimentos a serem seguidos. O principal deles é a abertura da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
A CAT tem a finalidade de caracterizar um acidente de trabalho – como é o caso de um assalto –, ou uma doença ocupacional. O documento é importante para que o INSS reconheça uma eventual doença ocasionada pelo trauma – a síndrome do pânico é comum em casos como esse – como originária no desempenho das funções profissionais.
ASSÉDIO
Os diretores sindicais foram impedidos pela gestora – que tem histórico de assédio moral – de acessar a agência para orientar os bancários. A Convenção Coletiva de Trabalho garante o livre acesso dos representantes sindicais nos postos de trabalho para dialogar com os empregados.
Em vista disso, o RH do banco foi acionado e garantiu a entrada dos dirigentes. O Santander também designou um psicólogo para atender os funcionários.
Durante a reunião, a gestora interrompeu a fala dos dirigentes. “É um total desrespeito com o movimento sindical e com os empregados”, protestou Ana Marta Lima, dirigente do Sindicato e bancária do Santander.
Os trabalhadores que forem vítimas de um assalto devem a procurar um médico de confiança.
“É obrigação do empregador emitir a CAT, mas caso encontrem dificuldades, os funcionários devem entrar em contato com seu sindicato, que vai cobrar do banco o documento ou fará o encaminhamento”, afirma Ana Marta.