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sexta-feira, 19 de abril de 2024

EM CIMA DA HORA

publicado em 19/01/2017

Combate ao desmonte da Caixa

Verticalização prejudica empregados e atendimento. Dionísio Reis, coordenador da CEE-Caixa, afirma que a resistência dos bancários vai aumentar.

O processo de desmonte da função social desempenhada pela Caixa segue com intensidade. O banco está redimensionando o número de empregados por agência e vinculando a nova quantificação à produtividade em vendas. Ou seja, as agências que vendem pouco estão perdendo bancários.

“Essa situação vai afetar diretamente o atendimento e agravar ainda mais a sobrecarga de trabalho causada pela já crônica falta de empregados”, critica Dionísio Reis, dirigente do Sindicato e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE).

“E reforça o entendimento de que o caminho escolhido pela direção é o desmonte do papel da Caixa que fragilizará sua imagem junto à população”, alerta.

No dia 12 de janeiro, aniversário de 156 anos da Caixa, o movimento sindical deflagrou Dia Nacional de Luta e denunciou à população o processo de desmonte do papel social da empresa pública.

Verticalização – Outro indício que reforça a trajetória de encolhimento do papel social desenvolvido pelo maior banco 100% público do país: muitos empregados que hoje prestam atendimento social serão direcionados para a prospecção de clientes de alta renda e para a venda de produtos, repetindo a estratégia das instituições privadas.

“A medida, chamada de ‘verticalização’, foi anunciada em reuniões com gestores e é uma ameaça objetiva aos direitos e salários dos empregados nas agências, além de prejudicar o atendimento”, critica Dionísio.  

A população já vinha sofrendo, desde julho do ano passado, com a extinção da função de caixa. O Caixa Minuto, medida anunciada para tentar maquiar essa mudança radical, não está suprindo o atendimento cada vez mais precário causado pela falta de empregados.

“Essas medidas pretendem desmontar a função social da Caixa, que é justamente seu diferencial por atender a nichos específicos que os bancos privados não atendem, além de promover o desenvolvimento social do país, outro campo que não interessa aos demais bancos. Essas mudanças de gestão ameaçam também as carreiras dentro do banco, por isso a resistência dos empregados deve aumentar”, reforça Dionísio.

  Fonte: Seeb/SP
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