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sexta-feira, 19 de abril de 2024

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publicado em 12/08/2019

Bancários protestam contra desmonte do Banco do Brasil

Corte de postos de trabalho, fechamento de agências e redução da capacidade de investimento prejudicam funcionários e toda a sociedade

Sindicatos dos bancários de todo o país ocuparam departamentos e agências do Banco do Brasil e as ruas e praças de suas proximidades para protestar contra o desmonte do banco, promovido pelo governo Bolsonaro. No dia 29 de julho, o banco anunciou mais um Plano de Adequação de Quadros (PAQ), com previsão de extinção de funções, redução de postos de trabalho.

O banco também prepara um novo plano de desligamento incentivado e, nesta sexta-feira (9), o jornal Valor Econômico noticiou que o Ministério da Economia vai encaminhar ofícios às empresas estatais solicitando a devolução antecipada de dividendos, o que poderia afetar, ainda mais, o capital dos bancos públicos.

Os protestos de sexta-feira foram realizados na base da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP) em Catanduva (SP), São Paulo (SP) e Taubaté (SP), entre outras localidades do país, fazem parte do calendário de luta em defesa dos bancos públicos, definido na 21ª Conferência Nacional dos Bancários.

Agências digitais

A opção pelas agências digitais, em detrimento das unidades físicas também prejudica a economia.

Levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base em dados do Banco Central, aponta que, atualmente, dos 5.590 municípios brasileiros, 3.365 (60,2%) contam com uma ou mais agências bancárias. Do total de municípios, 950 (17%) são atendidos somente por bancos públicos.

Os dados mostram, ainda que, com o fechamento de agências de bancos públicos, 57% das cidades brasileiras podem ficar sem agências bancárias e, neste caso, suas populações terão que se deslocar para outros municípios para ter acesso aos serviços por elas prestados.

Lucro versus redução do quadro

Na quinta-feira (8), o Banco do Brasil divulgou os resultados do primeiro semestre de 2019, com um lucro de R$ 8,679 bilhões, crescimento de 38,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo análise elaborada pelo Dieese. A rentabilidade do banco chegou a 17,4%, ante 12,9%, na comparação entre os mesmos períodos.

Mas, mesmo com lucros crescentes, nos últimos doze meses, o BB reduziu 1.507 postos de trabalho. Nos últimos três meses o banco reduziu 399 postos de trabalho.

  Fonte: FETEC-CUT/SP com Contraf-CUT
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