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publicado em 01/08/2019

Abertura solene unificada do Conecef e do CNFBB ressalta importância dos bancos públicos

Os delegados e delegadas do 30º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil Olivan Faustino e do 35º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica se uniram em uma plenária unificada na noite desta quinta-feira (1º/8) para na abertura solene dos congressos.

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, ressaltou a importância da união dos trabalhadores na abertura unificada. “Fico feliz de ver aqui bancários da Caixa e do Banco do Brasil, com diversas expressões e sotaques de todo o país. Feliz também porque os planos de resistência que tirarmos aqui chegarão a todos os cantos do país”, disse.

“Os bancários e bancárias esperam que a gente saia daqui unidos e com um plano de defesa do Brasil, dos empregados, dos funcionários e de defesa dos bancos públicos. Mas, temos que sair daqui com tudo isso, mas também com um plano de defesa do que estes bancos representam para o país. Um plano que defenda a manutenção das políticas que estes bancos realizam. Uma defesa das políticas que atendem as necessidades dos brasileiros”, ressaltou a presidenta da Contraf-CUT.

Ela destacou ainda a importância dos bancos públicos para a disponibilização dos serviços bancários à população brasileira. “Em cerca de 950 municípios do país, só tem agências da Caixa e do Banco do Brasil. Quando uma agência dessas é assaltada e precisa ficar fechada, as pessoas precisam se deslocar até uma cidade onde tenha agência. As pessoas sacam o dinheiro e consomem nessas cidades. Isso prejudica a economia dos municípios que não têm agências bancarias”, explicou.

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ivone Silva, também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, reforçou que o governo, a cada dia, tenta tirar um pouco dos brasileiros e ferir a democracia. “O Brasil tem perdido muito da sua soberania, principalmente os bancos públicos. O governo defende que o que é público é ruim. Precisamos desconstruir isso. É a mesma coisa que fizeram na década de 90 e hoje vemos o que aconteceu com a privatização da Vale. Hoje ela está matando pessoas atrás de lucros. Privatizaram também as nossas empresas de energia elétrica e hoje sabemos quanto ficou o preço disso”, lembrou.

Para Ivone, a Caixa e o BB sofrem hoje o mesmo ataque. “Nossos debates tem que nos possibilitar a criação de estratégias para mostrar que a questão vai além dos bancos públicos. Trata-se da disputa de um projeto de sociedade que vamos deixar para os nossos filhos e nossos netos”, afirmou.

A solenidade também contou com a presença da deputada federal Erika Kokay (PT-DF). “Nós já enfrentamos muitos desafios nessa história, nesse decorrer da vida e nós estamos vendo o retorno de períodos traumáticos que nós não fizemos o luto, que estão vivos na nossa memória. E são pedaços que vamos ter que enfrentar.”

De acordo com a deputada, nós estamos vivenciando um governo que abriu mão de ter um projeto de desenvolvimento nacional, abriu mão da soberania nacional e só o fez porquê estamos com uma democracia fragilizada, desde 2016, que deixou nossa democracia exposta. “Por isso, resistir é o caminho. Esse Brasil tem história. Esse Brasil tem um banco que o nome já diz é o Banco do Brasil. Esse Brasil tem a Caixa que financiou as cartas de alforrias. Uma Caixa que começou com uma caixa de assistência e se tornou um dos principais financiadores do povo brasileiro. Eles querem acabar com esses bancos que são nossos, que são do povo.”

Érica Kokay garantiu que, apesar das muitas ameaças que os trabalhadores estão sofrendo, a classe trabalhadora irá vencer. “Nós estamos enfrentando um governo que acha que a educação é inimiga do povo. Mas nós vamos preservar nossas instituições, porque nós somos a resistência. A resistência desses dois congressos é uma resistência que eles não suportam porque aqui ninguém vai soltar a mão de ninguém. Fora Bolsonaro, não toque na Caixa e não toque no Banco do Brasil, não toque dos direitos dos trabalhadores.”

Segundo o deputado federal José Carlos (PT-MA), nunca o povo brasileiro passou por uma ameaça tão grave como a deste momento. “Nem durante o governo FHC, que estava preparando a privatização da Caixa, passamos por um momento tão grave quanto agora. Não era tão grave porque não tínhamos um presidente tão louco, como temos agora. Podemos esperar qualquer coisa deles. Eles já aprenderam que preciso pressa para fazer o que querem fazer. Um presidente que diz e desdiz. Diz que não vai privatizar a Caixa, mas a está vendendo de forma fatiada. Um presidente que abriu a possibilidade de o trabalhador sacar R$ 500 do FGTS, sem que o trabalhador saiba que, se sacar os R$ 500 e for demitido em um período de 25 meses, não poderá sacar seu FGTS.”

Para o deputado, a luta agora é conscientizar o povo sobre a realidade da proposta de saque do FGTS, conscientizar que esse governo quer privatizar a Caixa, o BB, os Correios, a Eletronorte, o BNDES. “Todos sabemos quem vai pagar essa conta. É o povo brasileiro.”

O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Wagner Nascimento, ressaltou que o 30º CNFBB é um congresso histórico, mas também de organização. “Esse congresso entra para a história como o 30º Congresso Nacional dos Funcionários do BB – Olivan Faustino. Temos que sair daqui com bandeiras e um calendário de lutas contra a privatização e a política de desmonte do Banco do Brasil e de todos os bancos públicos”.

Dionísio Reis, coordenador da Comissão de Empregados da Caixa Econômica Federal, saudou todos os companheiros da mesa e reafirmou a importância dos bancos públicos. “Precisamos estar preparados para fazer a resistência. Ultimamente, temos organizado audiências públicas no país inteiro e precisamos mostrar a importância dessa luta para as pessoas. A maioria dos trabalhadores vão entrar na Caixa nos próximos dias devido a retirada do FGTS. Por isso, precisamos mostrar para a sociedade que o patrimônio público vale mais do que 500 reais. Esse valor vai ajudar a pagar uma dívida, mas vai desmontar um patrimônio que tem muito mais valor para os brasileiros”, explicou.

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  Fonte: FETEC-CUT/SP com Contraf-CUT
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