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quinta-feira, 28 de março de 2024

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publicado em 22/04/2019

Audiência pública debate importância dos bancos públicos em Araraquara

Bancários expõem dados da atuação dos bancos públicos no município aos vereadores da cidade.

No dia 17 de abril, dirigentes da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP), do Sindicato dos Bancários de Araraquara e da APCEF/SP estiveram no município de Araraquara para debater com os bancários da cidade e com a sociedade sobre a importância dos bancos públicos para o desenvolvimento local. No início do dia, os dirigentes fizeram reuniões em agências da Caixa e do Banco do Brasil, e, depois, visitaram as outras agências, conversando sobre o assunto e convidando bancários e clientes para uma audiência pública na Câmara dos Vereadores da cidade.

A Caixa e o Banco do Brasil vivem, hoje, sob um projeto que prevê a venda de partes de seu negócio, como a área de gestão de ativos, cartões, e no caso da Caixa, das loterias e da seguridade, além de outros ativos rentáveis. Este processo pode comprometer a sustentabilidade financeira das instituições, pois significa uma antecipação de receitas, podendo reduzir, pontanto, os resultados futuros, o que afeta a capacidade de atuação na execução das políticas públicas.

Desenvolvimento regional e bancos públicos – de acordo com o IBGE, entre 2006 e 2016, a cidade de Araraquara teve um aumentou de 8.606 para 9.647 (12%) sua quantidade de empresas, de 54.283 para 71.722 (32%) sua quantidade de trabalhadores assalariados, e R$ 783 milhões para R$ 2.250 milhões (187%) sua massa salarial, ante uma inflação (INPC) de 86% no mesmo período. Este resultado foi possível graças ao financiamento dos bancos públicos. que, em 2006, eram responsáveis por 210 milhões dos 560 milhões do crédito concedido na cidade, número que, em 2016 passou para 1.897 milhões de um total de 2.337 milhões.

Além disso, a Caixa, através da faixa I do Minha Casa, Minha Vida, atendeu 3.650 famílias, cerca de 8% do total da cidade; pagou, pelo programa Bolsa Família, em março de 2019, benefícios à 4.326 famílias; tinha aplicado, em janeiro de 2019, R$ 878 milhões no financiamento imobiliário, o que representa 76,98% do total no município. O Banco do Brasil tinha aplicado, em janeiro de 2019, R$ 126,5 milhões, o que representa 58,77% do total na cidade, e, em 2018, repassou R$ 80,5 milhões para a educação do município através do FUNDEB. A Caixa e o BB, de acordo com relatório do Banco Central de janeiro de 2019, eram responsáveis por quase 80% do crédito total da cidade.

Liminar – A CONTRAF e a FENAE, em 2017, ingressaram com uma ação judicial no STF contra o processo de privatizações que estava em curso durante o governo Temer, e que continua sob o atual governo. O ministro relator, Ricardo Lewandowski, deferiu uma liminar, impedindo a venda das empresas públicas e suas subsidiárias sem que haja autorização do Congresso Nacional. O governo, agora, tenta realizar um processo de desestatização através da venda de ações em posse das empresas públicas, à exemplo das ações que a Caixa possuía no IRB (que registraram uma valorização de cerca de 220% desde seu IPO, em 2017) e da concessão de serviços públicos, como tenta fazer com a LOTEX.

  Fonte: FETEC-CUT/SP
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