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quinta-feira, 28 de março de 2024

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publicado em 05/12/2018

Bancários se mobilizam em defesa dos bancos públicos

Por orientação do Comando Nacional dos Bancários, sindicatos da categoria em todo o país realizarão manifestações em defesa dos bancos públicos nesta quinta-feira (6). O Dia Nacional em Defesa dos Bancos Públicos será um protesto contra ameaças proferidas por representantes das direções dos bancos e membros de governos, que têm a intenção de fragilizar as empresas e vender seus ativos.

Programas governamentais importantes, como o ‘Bolsa Família’, o ‘Minha Casa, Minha Vida’, o Fies, o ProUni, a concessão de crédito para a agricultura, correm o risco de deixar de existir e prejudicar de toda a sociedade se esta política de privatização continuar.

O governo Temer, o Tesouro Nacional deixou de fazer aportes financeiros para a Caixa e exigiu que o BNDES antecipasse o pagamento de dívidas que seriam pagas em 60 anos. Agora, querem transferir para instituições privadas os recursos do FGTS e do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), a gestão de fundos de investimentos, as carteiras de seguros e de cartões de crédito e as loterias. Isso enfraquece os bancos públicos e desmonta sua capacidade de executar políticas públicas importantes, como o financiamento da casa própria. São áreas estratégicas que possibilitam que os bancos públicos cumpram verdadeiramente seu papel social.

Garantia de acesso aos serviços bancários

Os bancos públicos são os responsáveis pelo atendimento na maior parcela de municípios no país, sobretudo aqueles comumente considerados menos rentáveis. Têm forte presença nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, mais carentes em termos de atendimento bancário. Na região Norte, 63,3% do total de agências são de bancos públicos e na Região Nordeste, 59,3%.

Os bancos públicos estão em locais que os privados não estão, alcançam pessoas e desenvolvem a economia de uma forma que os bancos privados não desenvolvem.

A Caixa Econômica Federal, que possuía as melhores taxas de juros e chegou a ser responsável por mais de 70% dos financiamentos habitacionais no país, hoje não concede crédito tão facilmente devido à falta de aportes do Tesouro e desde 2015, cortou 12.791 postos de trabalho, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

Mudança de perfil

Situação semelhante vive o Banco do Brasil, que detêm aproximadamente 70% da carteira de crédito agrícola no país, mas teve 777 agências bancárias fechadas de 2015 a 2017.

Tanto as agências da Caixa, quanto as do Banco do Brasil que são fechadas eram localizadas, normalmente, em bairros periféricos ou em pequenas cidades, onde havia apenas uma única agência bancária. Para contar com serviços bancários as pessoas precisam se deslocar por grandes distâncias.

O papel dos bancos é contribuir com o desenvolvimento social e econômico do país, garantir o acesso ao crédito e permitir o pagamento e recebimento, além de manter os recursos em segurança. Seguindo neste ritmo o banco não vai conceder crédito e tampouco contribuir com o desenvolvimento do país, ou garantir o acesso aos serviços bancários.

O Dia Nacional de Luta tem objetivo de conscientizar e mobilizar bancárias e bancários em defesa do país, em defesa do desenvolvimento por meio dos bancos públicos.

  Fonte: FETEC-CUT/SP com Contraf-CUT
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