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sexta-feira, 29 de março de 2024

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publicado em 31/08/2018

Acordos assinados, CCT e aumento real garantidos por dois anos para os bancários

Trabalhadores de bancos privados e públicos receberão quase R$ 10 bi, conquista da unidade da categoria, que vão ajudar a aquecer a economia do país.

Reposição total da inflação e aumento real garantidos, assim como todos os direitos previstos pela Convenção Coletiva de Trabalho para os próximos dois anos. Os sindicatos representantes de bancários de instituições públicas e privadas assinaram na sexta-feira (31), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), a Convenção Coletivo de Trabalho (CCT) 2018/2020 e os acordos aditivos do Banco do Brasil e da Caixa Federal, válidos pelo mesmo período.

Na cerimônia, realizada em São Paulo, a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, destacou a importância da unidade entre os bancários de todo o Brasil na Campanha Nacional Unificada 2018 e destacou a manutenção de todos direitos e o fortalecimento da organização dos bancários como outro grande resultado.

“Quero parabenizar os dirigentes sindicais do Comando. Esse processo foi construído com todos eles desde as assembleias, conferências estaduais, regionais, a nacional, com muita maturidade e sabedoria, todos buscando representar o que era vontade dos bancários. E isso foi feito. A ‘reforma trabalhista’ tornou a conjuntura mais difícil e impactou nossa negociação, mas não o nosso patrimônio construído por tantos anos, a nossa CCT, da qual temos tanto orgulho e zelo.”

Juvandia ainda lembrou que “mantivemos nossa unidade, que também é um patrimônio construído. Construímos um acordo com aumento real que era o que os bancários queriam. Por isso aprovaram em assembleias lotadas por todo o Brasil. Renovar mais um acordo com todos os direitos e aumento real por dois anos ajuda as demais categorias porque vira referência.”

Ela enalteceu também a importância dos sindicatos. “Sempre discutimos que os trabalhadores deveriam definir a forma de financiamento de seus sindicatos e alcançamos isso. Ter sindicatos fortes, em negociação nacional como é a nossa, é importantíssimo. Por isso os bancários comemoram a assinatura desse acordo.”

"A mobilização da categoria foi fundamental na resistência para manter os direitos que, ano após ano, conquistamos nas campanhas nacionais, e que a nossa Convenção Coletiva Nacional garante para os bancários de todo o país, mesmo os mais de 90 mil considerados hipersuficientes pela atual legislação trabalhista. Neste cenário de incertezas, os bancários conquistaram, por dois anos, direitos históricos da categoria, aumento real e PLR", diz a presidenta da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP), Aline Molina.

“Nosso acordo geral com a Fenaban e os específicos do BB e da Caixa são exemplos de resistência contra a reforma trabalhista, aprovada após o golpe. Conseguimos manter todos os direitos previstos na nossa Convenção Coletiva, que os bancos propuseram retirar ao longo das mesas de negociação. E temos esses direitos garantidos por dois anos, o que é fundamental diante do cenário de incertezas no país. Além disso, garantimos a validade da CCT para mais de 90 mil bancários que seriam considerados hipersuficientes”, destaca a presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando, Ivone Silva.

Quando o trabalhador ganha, a economia se fortalece

Os ganhos dos bancários na Campanha 2018 – dos quase 500 mil trabalhadores de bancos públicos e privados em todo o Brasil – terão forte impacto na economia do país. Somente o reajuste de 5% nos salários da categoria representa acréscimo anual de cerca de R$ 2,5 bilhões na economia. O mesmo vale para os vales alimentação e refeição: um impacto adicional de R$ 384 milhões em um ano.

Em âmbito nacional a PLR conquistada injetará por volta de R$ 7,036 bilhões no mercado, nos próximos 12 meses. Já com a antecipação do pagamento, em 20 de setembro, o será de cerca de R$ 3,190 bilhões.

Acordos específicos dos bancos públicos

Na sequência da assinatura com a Fenaban, os bancários também assinaram os acordos específicos dos bancos públicos. Para os funcionários do Banco do Brasil, a renovção das cláusulas garantiu os direitos a manutenção dos direitos previstos no Acordo Coletivo, como as três avaliações antes de descomissionamentos. Os empregados da Caixa também garantiram a manutenção da PLR Social e do Saúde Caixa, além do fim do descomissionamentos de gestantes.

  Fonte: FETEC-CUT/SP com Contraf-CUT
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