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quinta-feira, 18 de abril de 2024

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publicado em 30/08/2018

Bancários aprovam proposta com aumento real e garantia de direitos em quase todo país

Trabalhadores de bancos privados, BB e Caixa, dentre outros, votaram pelo reajuste, CCT e acordos específicos garantidos por dois anos. Nesta quarta-feira (29), na base da FETEC-CUT/SP, foram realizadas assembleias nas bases do ABC, Araraquara, Assis, Barretos, Bragança Paulista, Catanduva, Guarulhos, Limeira, Mogi das Cruzes, Presidente Prudente, São Paulo, Taubaté e Vale do Ribeira, que aprovaram as propostas.

A Campanha Nacional Unificada 2018, dos bancários, está encerrada em praticamente todo o Brasil. Diante de uma conjuntura de retirada de direitos e acordos rebaixados, os trabalhadores conquistaram 5% de reajuste e a manutenção de todas as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), proposta aprovada em assembleias nessa quarta-feira (29). Os empregados do Banco do Brasil da e Caixa também aprovaram seus acordos específicos em quase todo o país.

A nova CCT será assinada na sexta-feira (31) e no dia 20 de setembro será paga a primeira parcela da PLR e do adicional.

O reajuste inclui aumento real estimado em 1,18% (diante de um INPC projetado em 3,78% para setembro) e incide sobre vales refeição (vai para R$ 35,18/dia) e alimentação (R$ 609,87/mês), auxílio-creche (R$ 468,42), a regra básica da PLR (valor fixo de R$ 2.355,76 mais 90% do salário) e também na parcela adicional de PLR de R$ 4.711.52.

O acordo prevê também a manutenção, por dois anos, de todos os direitos econômicos e sociais previstos na atual convenção, além da reposição total da inflação com aumento real de 1% para salários e todas as demais verbas, além da parte fixa da PLR e do adicional. E isso tudo inclusive para os bancários que têm curso superior e recebem acima de dois tetos do INSS (R$ 11.291,60), os chamados hipersuficientes, que a reforma trabalhista do pós-golpe autoriza manter fora dos acordos em negociação direta com os patrões.

Esse acordo, negociado em dez reuniões com a federação dos bancos, desde junho, é resultado da estratégia traçada pelos sindicatos que compõem o Comando Nacional dos Bancários, de antecipação da campanha, com bancos públicos e privados juntos na mesa de negociação, e o forte apoio dos trabalhadores.

A categoria entendeu o contexto de retirada de direitos e ataques às empresas públicas, e conseguiu um ótimo acordo. Garantindo aumento real acima da média das categorias que fecharam com reajuste acima da inflação. E manteve todos os direitos da CCT numa conjuntura tão difícil. 

Um terço das categorias com negociação neste ano não conseguiram fechar acordo. E 51%, em julho, tiveram perdas. Além disso, considerados os trabalhadores de empresas públicas, os bancários estão sendo os únicos a conseguir aumento real. 

As negociações com o Banco do Brasil e a Caixa Federal garantiram, ainda, a manutenção de todas as cláusulas dos acordos específicos, inclusive Saúde Caixa e PLR Social que estavam ameaçados.

Campanha antecipada garante direitos nos privados e nos públicos

Merece destaque na campanha de 2018, o acerto de antecipar todo o processo de negociação para que os trabalhadores não sofressem com a ameaça de ficar sem acordo. Diante do fim da ultratividade imposto pelo desmonte trabalhista, não há mais garantia dos direitos até o fim das negociações.

CCT e aumento real garantidos por dois anos

No atual cenário de retirada de direitos, um acordo de dois anos garante aos trabalhadores, até 2020, todas as conquistas previstas na Convenção Coletiva de Trabalho para todos os empregados de bancos públicos e privados em todo o Brasil.

Contribuição negocial

As assembleias que deram início à Campanha Unificada 2018, assim como a Conferência Nacional dos Bancários, estabeleceram a contribuição negocial de 1,5% (com teto) para o financiamento da luta em defesa dos direitos dos trabalhadores. Esse valor será menor do que a soma do imposto sindical (de 3,33% ou um dia de trabalho em março, sem teto) e da contribuição assistencial que variava entre 6,5%, 4%, 3%, 2,5% a 1,5% (em alguns sindicatos sem teto para a cobrança) cobrados antes do desmonte trabalhista.

Veja quais são os sindicatos da base da FETEC-CUT/SP aprovaram a proposta
  • Seeb ABC
  • Seeb Araraquara
  • Seeb Assis
  • Seeb Barretos
  • Seeb Bragança Paulista
  • Seeb Catanduva
  • Seeb Guarulhos
  • Seeb Limeira
  • Seeb Mogi das Cruzes
  • Seeb Presidente Prudente
  • Seeb São Paulo
  • Seeb Taubaté
  • Seeb Vale do Ribeira

  Fonte: FETEC-CUT/SP com Contraf-CUT
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