Com centenas de delegados representando bancários de todo o país, principal encontro da Campanha Nacional Unificada debaterá estratégias de luta e aprovará a pauta de reivindicações da categoria a ser entregue à Fenaban.
A Campanha Nacional Unificada 2018 já vai começar. Nos dias 8, 9 e 10 de junho, na capital paulista, centenas de delegados representando bancários de todo o país e reunidos em sua 20ª Conferência Nacional debaterão estratégias de luta e aprovarão a pauta de reivindicações da categoria, a ser entregue à Fenaban (federação dos bancos).
Esta será a primeira campanha dos bancários após a entrada em vigor, em 11 de novembro de 2017, da nova lei trabalhista de Temer (Lei 13.467), que retira direitos dos trabalhadores e ameaça a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.
Os cinco maiores bancos (BB, Caixa, Itaú, Bradesco, Santander) lucraram R$ 20,6 bilhoes só no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 20,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Ou seja, as instituições podem muito bem manter os direitos previstos na nossa CCT e construídos ao longo de décadas de muita negociação, pressão e greves.
Fim da ultratividade
A partir de 31 de agosto, todos os direitos dos bancários estão em risco. Um dos pontos da lei trabalhista de Temer é o fim do princípio da ultratividade, que garantia a validade da CCT até a assinatura de um novo acordo. Ou seja, direitos como PLR, VA e VR, licenças maternidade e paternidade ampliadas, jornada de seis horas e todos os demais estarão em risco a partir de 31 de agosto, que é quando vence a nossa CCT.
Encontros por bancos
Tiveram início na quinta-feira 7 e vão até a sexta-feira 8 os encontros de bancos privados (Itaú, Bradesco e Santander), o 34º Conecef (Congresso Nacional dos Empregados da Caixa) e o 29º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, que dibatem questões específicas de cada banco.
Fonte:
FETEC-CUT/SP com Seeb/SP