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quinta-feira, 18 de abril de 2024

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publicado em 28/11/2017

Dia 05 - trabalhadores farão greve nacional contra a Reforma da Previdência 

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais - Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical, CGTB e CSP-Conlutas – se uniram para organizar, no dia 5 de dezembro, uma Greve Nacional em Defesa da Previdência e dos Direitos dos Trabalhadores.

A nova proposta de desmonte da Previdência Social apresentada pelo governo do Michel Temer (PMDB) está prevista para ser votada no dia 6 de dezembro. Ao contrário do que dissemina a propaganda do governo, o projeto não corta privilégios, como as altas aposentadorias dos parlamentares, juízes e militares. 

Mais uma vez, é apenas a classe trabalhadora quem vai pagar o pato: terá de trabalhar mais, ganhar menos e, se quiser receber o valor integral da aposentadoria, contribuir durante 40 anos, o que é quase impossível num país com alta rotatividade e desemprego, pois para isso, o trabalhador teria de ficar sem nenhum período desempregado. Temer quer ainda estabelecer uma idade mínima para se aposentar: 65 anos para homens e 62 para mulheres.  

Quebra da Previdência 

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, o desmonte da Previdência agrava ainda mais a situação dos trabalhadores que já foram duramente atacados com o desmonte da CLT. 
“A reforma Trabalhista legalizou o bico e muitos trabalhadores perderam os direitos e, em muitos casos, receberão menos do que um salário mínimo. Se já estava quase impossível contribuir para se aposentar, imagine com essa nova proposta de reforma da Previdência”, diz Vagner. 

Segundo Aline Molina, presidenta da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP), o projeto, além de trazer prejuízos para o trabalhador, coloca em risco a própria existência da Previdência Pública. “O governo Temer está com uma proposta clara de impor um desmonte da Previdência Social, o que só beneficiará os banqueiros, que naturalmente, vão vender mais previdência privada. Não é por acaso que o ministro da Fazenda, um banqueiro, é um dos maiores defensores desta proposta”, disse. 

Reforma reduz possibilidade de se aposentar

A reforma da Previdência Social do governo Temer é extremamente cruel e fará aumentar o número de brasileiros que morrerão sem se aposentar. Segundo a economista Denise Lobato Gentil, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é de 37,2% a possibilidade de um homem não chegar aos 65 anos, um dos maiores índices do mundo. O levantamento foi feito pelo Programa das Nações Unidas (PNUD). 

Pela proposta de Temer, 65 anos seria a idade mínima a partir da qual o homem teria o direito de se aposentar, e as mulheres, 62, desde que tenham contribuído por no mínimo 15 anos. A economista adverte que com o trabalho intermitente e a terceirização, o trabalhador levaria pelo menos 40 anos para atingir 15 de contribuição. Hoje, independentemente da idade, o homem tem direito à aposentadoria, ao completar 35 anos de contribuição, e as mulheres, 30. Ou, se a soma da idade mais o tempo de contribuição atingir 95 pontos, no caso do trabalhador, e 85, da mulher. Por exemplo, um homem com 57 anos e 38 de contribuição pode se aposentar sem o fator previdenciário, ou seja, sem a reducão da aposentadoria.
 
Clique aqui e participe da Campanha Nacional Pela Anulação da Reforma Trabalhista.

  Fonte: FETEC-CUT/SP
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