A Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP) realizou ontem à tarde (7), no auditório da entidade, o Seminário sobre Paternidade Responsável.
 Estiveram presentes ao seminário representantes dos sindicatos da base filiada da FETEC-CUT/SP, Federações, Contraf-CUT e Faculdade 28 de Agosto. O seminário teve por objetivo esclarecer as dúvidas dos dirigentes referentes ao curso de Paternidade Responsável. O curso aborda pontos essenciais da paternidade, incluindo aspectos sociais da função do pai nos primeiros anos de vida da criança.
 
A ideia do seminário foi elucidar questionamentos a respeito da implementação da cláusula 26 da Convenção Coletiva, Lei nº 13.257, de 8 de março de 2016, que dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infância e abordar temas visando superar a divisão de papéis imposta por uma sociedade patriarcal, onde as mulheres são responsáveis pela casa e pelos filhos.
 
Segundo a presidenta da FETEC-CUT/SP, Aline Molina, homens e mulheres são capazes de desenvolver todas as tarefas. “A divisão mais igualitária das responsabilidades contribui para a redução da dupla jornada, que representa acúmulo de cinco horas semanais a mais na jornada total de trabalho em relação aos homens. Isto também contribui para a ascensão profissional sem distinções de gênero”, explica.
 
Os participantes do seminário receberam informações de como orientar os bancários sobre a importância do curso que traz uma reflexão das diversas dimensões do que é ser pai e sobre o quão importante é compartilhar os cuidados e as responsabilidades para com o recém-nascido com a mãe e o restante da família, bem como esclarecimentos de questões jurídicas referentes ao tema.
 
“O curso de paternidade responsável oferece a oportunidade dos pais compartilharem experiências e tirar suas dúvidas com a equipe multidisciplinar formada por médico, enfermeiro, socióloga, historiador, pedagoga, psicóloga e advogado”, esclarece Crislaine Bertazzi, Diretora de Políticas Sociais da FETEC-CUT/SP.
 
Vale lembrar que a ampliação da licença-paternidade para 20 dias é uma conquista da Campanha Nacional 2016 e está prevista na cláusula 26 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária.
 
Os dirigentes obtiveram informações de como os bancários de suas bases podem usufruir o direito. O bancário terá de fazer requisição por escrito ao banco em até dois dias úteis após o parto, apresentando documento que comprove participação no Curso de Paternidade Responsável e Relações Compartilhadas. A licença-paternidade de 20 dias também se aplica nos casos de adoção.

  Fonte: FETEC-CUT/SP