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quinta-feira, 28 de março de 2024

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publicado em 23/01/2017

Dia Nacional do Aposentado: Não há muito a ser comemorado

A Lei 6.926/1981 instituiu o "Dia Nacional do Aposentado", a ser comemorado anualmente em 24 de janeiro. No entanto, em tempos de reformas propostas pelo governo de Michel Temer, os trabalhadores (aposentados e que ainda estão na ativa) não têm muito a comemorar.
 
Pelas regras apresentadas pelo governo Temer, trabalhadores e trabalhadoras, do campo e da cidade, precisarão completar 65 anos para se aposentar. Caso queiram receber a aposentadoria “integral” com a idade mínima, terão que contribuir por 49 anos ininterruptos para a Previdência. “Querem igualar a idade e tempo de contribuição entre homens e mulheres. Mas, em nossa sociedade machista, as mulheres não têm as mesmas oportunidades e nem os mesmos salários. Além disso, têm carga horária maior, pois são incumbidas pelos cuidados com a casa e os filhos”, critica Crislaine Bertazzi, secretária de Políticas Sociais da Federação dos Bancários dá CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP).
 
      > Saiba mais: O desmonte da Previdência, ponto por ponto
 
Para Antonio Marcelo Mendes Ribeiro, secretário de Aposentados da FETEC-CUT/SP, o argumento apresentado pelo governo Temer para justificar a reforma é o mesmo utilizado ano após ano para negar aumentos nos benefícios: o “rombo” na Previdência. “Este rombo não existe! Bastaria o governo cobrar as empresas que devem para o INSS, deixar de conceder descontos nas contribuições que devem ser feitas pelas empresas e ele mesmo fazer a sua parte, ao deixar de desviar recursos do PIS/Cofins com a DRU (Desvinculação das Receitas da União) para destinar os recursos aos bancos, através do pagamento e amortizações da dívida pública com taxas altíssimas. Se fizesse isso, sobraria dinheiro para conceder aumentos nos benefícios dos aposentados e não precisaria onerar ainda mais os trabalhadores da ativa”, explica.
 
      > Saiba mais: As mentiras por trás do “rombo da Previdência”
 
Estabilidade Pré-aposentadoria
Muita gente acredita que todos os trabalhadores têm estabilidade, garantida por Lei, quando faltam dois para se aposentar. Na verdade, nem a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e nem a Constituição Federal (CF) garante tal direito. Esse é um direito conquistado apenas por algumas categorias, como a bancária.
 
A cláusula 27 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2016/2018 dos bancários garante estabilidade de 12 meses anteriores à aposentadoria, proporcional ou integral, para quem tiver o mínimo de cinco anos de vínculo com o mesmo banco. Ou seja, quem entrou no banco em janeiro de 2012 completa cinco anos de vínculo neste mês. Neste caso, se faltar um ano para se aposentar, terá estabilidade garantida por todos esses 12 meses restantes.
 
A estabilidade aumenta para 24 meses quando o bancário completa 28 anos e a bancária 23 anos de trabalho na mesma instituição financeira.
 
“Essa é uma conquista da categoria que deveria ser estendida para todos trabalhadores e trabalhadoras. O mercado de trabalho é cruel com as pessoas de mais idade. Elas não conseguem se empregar e, com isso, são impedidas de se aposentar com salário integral”, afirma o diretor de Aposentados da FETEC-CUT/SP.
 
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  Fonte: FETEC/SP
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