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quinta-feira, 25 de abril de 2024

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publicado em 02/12/2016

Folder visa ampliar combate às metas abusivas e ao assédio moral nos bancos

A Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP) reproduziu o folder “Assuma o Controle”, elaborado pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, que traz informações importantes para o combate às metas abusivas e o assédio moral nas agências bancárias. “Queremos ampliar o conhecimento destes conceitos e direitos para melhorar as condições de trabalho nas agências e departamentos bancários e reduzir o adoecimento da categoria”, disse a secretária de Saúde e Condições de Trabalho da FETEC-CUT/SP, Rosângela Lorenzetti.
 
O folder foi impresso e enviado para todos os sindicatos filiados à FETEC-CUT/SP, com a orientação para que o material seja distribuído aos bancários e os dirigentes se coloquem à disposição para esclarecimentos de dúvidas e recebimento de denúncias. O material pode ser visualizado no site. Os sindicatos que tiverem interesse também podem baixar a versão para impressão em gráfica.
 
“Desde 2010 contamos com um instrumento de combate ao assédio moral. Em 2014, nossa Convenção Coletiva passou a ter uma cláusula que determina que as cobranças de metas devem ser feitas com equilíbrio e respeito. Em 2015, os bancos reconheceram que a pressão abusiva leva a categoria ao adoecimento e, por isso, uma nova cláusula foi incluída em nossa Convenção visando a melhoria das condições de trabalho nas agências e departamentos bancários. É uma história de lutas e conquistas contra o adoecimento da categoria, que os trabalhadores precisam conhecer e os bancos têm que respeitar”, disse a dirigente sindical.
 
SAIBA MAIS SOBRE A CAMPANHA “ASSUMA O CONTROLE”
 
O objetivo é alcançar:
A valorização de todos os empregados, promovendo o respeito à diversidade, à cooperação e ao trabalho em equipe;
A conscientização dos empregados sobre a necessidade de construção de um ambiente de trabalho saudável;
A promoção de valores éticos, morais e legais.
 
Conte para a gente e conte com a gente
Para mudar a realidade, os bancários precisam denunciar casos de assédio moral e a pressão. Procure um dirigente ou seu sindicato e conte se você é forçado a trabalhar com pressão por metas abusivas ou que mudam toda hora, que atormentam a rotina e prejudicam sua saúde. Os trabalhadores são os olhos e ouvidos do movimento sindical. Vamos mudar esse jogo, juntos!
 
Mas, o que é meta abusiva?
É um pacote pronto e imposto de metas exageradas, inalcançáveis, que podem mudar a qualquer tempo e que não respeitam o número de trabalhadores, nem o perfil da unidade (agência ou departamento). Estas metas podem levar à sobrecarga de trabalho e ao adoecimento. Elas metas precisam ser redimensionadas conforme o número de trabalhadores em cada local de trabalho e o perfil da unidade. A cobrança tem de ser equilibrada, respeitosa, em momento e condições apropriadas.
 
O que é assédio moral?
Assédio moral é a exposição repetitiva e prolongada dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções. É praticado pelos chefes contra seus subordinados. São condutas desumanas e sem nenhuma ética. Humilhação repetitiva e de longa duração que interfere na vida do trabalhador de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais. Tudo isso ocasiona graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade para o trabalho, desemprego ou mesmo a morte.
 
A violência moral no trabalho é identificada por atitudes como, por exemplo, iniciar reuniões amedrontando quanto ao desemprego ou ameaçar constantemente com a demissão, subir na mesa e chamar a todos de incompetentes, sobrecarregar de trabalho ou impedir a continuidade do trabalho negando informações, desmoralizar publicamente afirmando que tudo está errado, afirmar que seu trabalho é desnecessário à empresa, não cumprimentar e impedir os colegas de almoçarem, cumprimentarem ou conversarem com a vítima, mesmo que a conversa esteja relacionada à tarefa.
 
Também pode ser caso de assédio moral desviar da função sem justificativa, exigir que faça horários fora da jornada, mandar executar tarefas acima ou abaixo do conhecimento do trabalhador, hostilizar, sugerir que peça demissão por sua saúde, divulgar boatos sobre sua moral.
 
Outros casos que não devem ser admitidos referem-se à discriminação por sexo: promover apenas os homens, diferenciar o salário entre homens e mulheres que desempenham a mesma função, fazer reunião com todas as mulheres e exigir que não engravidem para evitar prejuízos na produção, mandar limpar banheiro, fazer cafezinho, limpar o local de trabalho (sendo que foram contratadas para o desempenho de outra função). Ou receber advertência em consequência de atestado médico ou ainda porque reclamou direitos.

  Fonte: FETEC/SP, com Seeb/SP
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