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sábado, 20 de abril de 2024

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publicado em 30/11/2016

Após repressão e agressões nas ruas, Senado aprova PEC 55 em primeiro turno

Senadores desprezam milhares que protestaram contra a chamada PEC da morte e aprovam medida. No final da tarde de terça-feira (29), a polícia havia reprimido duramente a mobilização.
 
A PEC 55 foi aprovada na terça-feira (29) à noite, em primeiro turno, pelo Senado. À tarde, as forças policiais haviam reprimido com dureza as manifestações em Brasília contra a votação da chamada PEC da Morte ou do Fim do Mundo, como ficou conhecida. Cavalaria, bombas de gás lacrimogênio, cassetetes, helicópteros à espreita, porrada. O cenário de praça de guerra já se instalava antes mesmo de os manifestantes chegarem a 1 km do prédio do Congresso. Lembrava os tempos de ditadura militar.
 
“Hoje é um triste dia para o Brasil, para uma República que já se mostra velha, carcomida, policialesca”, disse Vagner Freitas, presidente da CUT, em entrevista. “O Congresso é uma expressão da sociedade, e o governo deve entender que o direito de manifestação é algo que faz parte”. E arrematou: “Sou testemunha da violência contra a manifestação, em sua maioria estudantes. O impeachment, a renúncia, a saída do Temer é necessária. Estamos vivendo um estado de exceção”.
 
A votação da PEC em segundo turno deve ocorrer no próximo dia 12. Se aprovada, o Brasil verá uma triste repetição: amanhecerá no dia 13 de dezembro sob uma legislação antipovo, à semelhança do AI-5 aprovado na mesma data em 1968.
 
Nesta terça, as mobilizações, que reuniram milhares de pessoas, foram convocadas pelos movimentos sociais para pressionar os parlamentares a não votar a medida, conhecida como PEC da Morte ou PEC do Fim do Mundo. A PEC 55 pretende congelar investimentos sociais públicos até 2036, atrelando-os apenas aos índices de inflação.
 
A mídia tradicional, que durante praticamente todo o dia ignorou o tema, quando retratou as mobilizações o fez classificando os movimentos sociais como “vândalos”. A mesma mídia segue escondendo da população o debate sobre os reais efeitos que a PEC teria sobre a vida das pessoas.
 
  Fonte: CUT / Fotos Públicas / Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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