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quinta-feira, 28 de março de 2024

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publicado em 24/11/2016

Bancários do Banco do Brasil usarão preto em protesto contra reestruturação

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT), a Comissão de Empresa, o Coletivo Estadual dos Funcionários do Banco do Brasil e os sindicatos da base da Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP) estão convidando todos os bancários do banco a trabalharem de preto nesta sexta-feira (25), como forma de protesto contra o fechamento de 402 agências e a transformação de outras 379 em Postos de Atendimento Bancário (PABs). Além da redução no quadro de funcionários que, por meio de um Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI), pretende extinguir 18 mil postos de trabalho.
 
“Vemos com muita preocupação essa reestruturação feita às escuras, sem o debate com a categoria. Tamanha redução no número de agências e de funcionários prejudica não apenas os bancários, mas toda a população que utiliza os serviços do banco”, disse o funcionário do BB e diretor de Bancos Públicos da FETEC-CUT/SP, Antonio Saboia Barros Junior.
 
Os funcionários souberam da informação da reestruturação somente após a divulgação pela imprensa, apesar do banco já possuir inclusive a relação de unidades a serem fechadas.
 
Para o coordenador da Comissão de Empresa, Wagner Nascimento, um pacote de medidas desse porte deveria ser discutido com a sociedade e os funcionários, não ser "informado" pela imprensa. "Fechamento de centros de serviços e centenas de agências vão prejudicar muito os funcionários. O banco precisa respeitar mais seus funcionários e pode começar abrindo um canal de negociação efetiva quanto aos impactos das medidas anunciadas", criticou.
 
INCERTEZA DO FUTURO
Os bancários do BB estão apreensivos. O banco não apresentou solução concreta aos funcionários que terão seus cargos cortados por redução de dotação e por fechamento de agências, nem garantias do local onde serão realocados os bancários das agências que serão fechadas e ficarão no quadro de excesso. “É extremamente dolorosa a situação dos trabalhadores diante do quadro de incerteza dos rumos que a reestruturação poderá tomar. Muitos destes funcionários dedicaram a maior parte de suas vidas ao banco”, disse o diretor da FETEC-CUT/SP.
 
Em reunião realizada na terça-feira (23) com a direção do banco, a pedido dos representantes sindicais, os trabalhadores deixaram claro que o fechamento de agências, a redução de estrutura de unidades e a saída de pessoal, sem que haja reposição, irá precarizar o atendimento e piorar as condições de trabalho, o que pode provocar, inclusive, aumento de adoecimento de funcionários.
 
Mesmo diante da argumentação, o representante da diretoria do banco afirmou que as decisões sobre essas reestruturações, já para este ano, partiram do Conselho de Administração da instituição financeira e não mudariam.
 
“Reunimos o coletivo estadual e representantes de sindicatos de nossa base na quarta-feira (23) para iniciar o planejamento, juntamente com a Comissão de Empresa e a Contraf, de outras ações em âmbito nacional para nos contrapor a esse desmantelamento do banco público, que prejudica seu trabalho social junto à sociedade, como por exemplo o oferecimento do crédito agrícola aos pequenos e médios proprietários”, explicou Antonio Sabóia.
 
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  Fonte: FETEC/SP, com Contraf-CUT
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