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terça-feira, 23 de abril de 2024

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publicado em 12/09/2016

Bancários não aceitam perdas

A grande adesão da categoria à greve iniciada na terça-feira (6) é o maior indicativo de que os bancários não aceitarão qualquer proposta que venha a lhes impor perdas, tanto nos salários, quanto em seus vales refeição e alimentação ou no auxílio creche/babá.
 
Na terça-feira houve paralisação recorde para um primeiro dia de greve e a adesão continuou crescendo, tendo alcançado 42,6% das agências bancárias e centros administrativos do país na sexta-feira (9), quarto dia de greve, quando a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) voltou a apresentar uma proposta que sequer repõe a inflação. Na base dos sindicatos filiados à Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP), foram fechados 1.760 locais de trabalho, entre agências e centros administrativos.
 
“Os banqueiros pensam que podem colocar os bancários em tentação com um abono de pouco mais de três mil reais. Mas, sabemos que essa maçã, por mais que seja bonita, vermelha e brilhante é envenenada”, disse a presidenta da FETEC-CUT/SP, explicando que aceitar reajuste abaixo da inflação faz com que os aumentos em anos seguintes sejam feitos em cima de uma base corroída pela inflação. “As perdas podem ser irreparáveis. Basta lembrarmos do que aconteceu nos anos noventa, quando os trabalhadores perderam seu poder de compra devido aos reajustes abaixo da inflação praticados durante o governo FHC”.
 
A greve dos bancários vai continuar e a orientação é fortalecê-la em todas as bases sindicais.
 
Principais reivindicações dos bancários
  • Reajuste salarial: 14,62% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real)
  • PLR: 3 salários mais R$ 8.317,90
  • Piso: R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
  • Vale alimentação no valor de R$ 880,00 ao mês (valor do salário mínimo)
  • Vale refeição no valor de R$ 880,00 ao mês
  • 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês.
  • Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
  • Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
  • Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
  • Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
  • Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
  • Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
Fonte: FETEC/SP
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