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terça-feira, 23 de abril de 2024

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publicado em 08/09/2016

Cresce greve dos bancários

No terceiro dia de greve dos bancários, a mobilização da categoria paralisou 1.549 postos de trabalho na base dos sindicatos filiados à Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (FETEC-CUT/SP), um crescimento de 24% na comparação com a terça-feira. No Brasil, 8.454 agências e 38 centros administrativos tiveram as atividades paralisadas nesta quinta-feira (8). Este número representa 35,91% das agências bancárias do país e um crescimento de 13% da greve.
 
“A greve já havia começado forte, chegando ao recorde de agências fechadas no primeiro dia de paralisação, mas hoje houve um aumento expressivo. Isso mostra que os bancários estão unidos e não vão aceitar ter seus salários depreciados. Sabemos que os banqueiros ganham muito e podem atender nossas reivindicações”, disse Aline Molina, presidenta da FETEC-CUT/SP.
 
NEGOCIAÇÕES
Com a forte mobilização realizada pela categoria no primeiro dia de greve, a Fenaban resolveu convocar uma nova rodada de negociações com o Comando Nacional dos Bancários para a manhã de sexta-feira (9).
 
“Esperamos que os bancos revejam sua proposta, tragam garantias de emprego, de saúde, de segurança para seus trabalhadores. Esperamos sinceramente que os bancos queiram rever o seu processo de estabelecimento de metas e a forma da cobrança destas metas - não dá mais para ter que adoecer em troca de salários. Esperamos que todos e todas tenhamos oportunidades iguais e não queremos ver as mulheres sendo discriminadas nos salários e nos cargos da carreira bancária,” afirmou Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) e um dos coordenadores Comando Nacional dos Bancários.
 
CAMPANHA NACIONAL 2016
A minuta de reivindicações dos bancários foi entregue à Fenaban no dia 9 de agosto. Desde então, ocorreram cinco rodadas de negociações e os banqueiros apresentaram, no dia 29 de agosto, uma proposta de reajuste de 6,5% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A oferta não cobre, sequer, a inflação do período, projetada em 9,57%, e representa perdas de 2,8% para os bancários.
 
Entre as reivindicações dos bancários estão: reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho. A defesa do emprego também é prioridade, assim como a proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora.


Fonte: FETEC/SP
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